Correio da Bahia

Base espera ter apoio menor

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Líderes de partidos da base aliada preveem que o presidente Michel Temer terá menos votos a seu favor na segunda denúncia, prevista para o dia 25, em relação à primeira durante a votação da acusação no plenário da Câmara. A avaliação é de que a relação política entre os parlamenta­res e o Palácio do Planalto piorou.

Em linhas gerais, líderes partidário­s citam três motivos principais para o aumento dos votos contrários a Temer: não cumpriment­o de promessas do governo em relação à liberação de cargos e emendas; o fato de os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidênci­a) estarem juntos na segunda denúncia; e a perda do medo de punições, por o governo não ter punido deputados da base que votaram contra Temer na primeira denúncia.

“O clima está tenso. Com certeza, ele terá menos votos a favor dele”, afirmou o líder do PSD na Câmara, deputado Marcos Montes (MG), que comanda a quinta maior bancada da Casa, com 39 parlamenta­res. De acordo com ele, a bancada do PSD deve dar de três a cinco votos novos contra Temer na segunda denúncia. Na primeira denúncia, o partido tinha 40 deputados, dos quais 14 votaram contra Temer, 22, a favor e dois se ausentaram.

O líder do PR, José Rocha (BA), também prevê que Temer receberá menos votos a seu favor na segunda denúncia. “No PR, há uma insatisfaç­ão muito grande por não terem cumprido o compromiss­o de liberação de emendas impositiva­s. Ano que vem é ano eleitoral”, afirmou Rocha, sem dar uma estimativa de votos na bancada.

Após discussão, o relatório será submetido a votação nominal, pelo processo de chamada dos deputados. A chamada dos nomes deve ser feita alternadam­ente, dos estados da região Norte para os da região Sul e vice-versa, assim como aconteceu no impeachmen­t da ex-presidente Dilma Rousseff.

por pelo menos dois terços da Câmara, o STF fica autorizado a abrir um processo. Os 11 ministros do STF votam para decidir se o presidente Michel Temer vira réu. Nesse caso, ele é afastado do cargo por 180 dias. O presidente só perde o cargo definitiva­mente se for condenado pelo Supremo.

o Supremo fica impedido de dar andamento à ação, que ficaria paralisada até o fim do mandato de Temer como presidente.

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