Protesto quer impedir composto alimentar nas escolas públicas
SÃO PAULO Centenas de manifestantes tomaram, ontem, a Avenida Paulista, no centro de São Paulo, para protestar contra a inclusão do alimento ‘farinata’ na merenda das escolas municipais. O composto alimentar, apelidado de ‘ração humana’, é processado a partir de outros alimentos com datas próximas ao vencimento. A Prefeitura Municipal de São Paulo havia anunciado que o composto seria distribuído em toda a rede pública a partir deste mês. Mas, após a polêmica causada com nutricionistas e a população, a administração da cidade resolveu adiar a distribuição da farinata. Também ontem, o Ministério Público do estado abriu um procedimento de acompanhamento do caso. O pedido foi aberto pelo promotor de Direitos Humanos José Carlos Bonilha. Segundo o promotor, a proposta é que seja feita uma análise detalhada sobre o produto, com determinação de valor nutricional, visto que as posições da prefeitura de SP e do Conselho Regional de Nutrição do estado - que criticou a proposta - são divergentes. Para os nutricionistas, ao contrário do que diz a propaganda municipal, a farinata não substitui as refeições regulares. Durante evento em Goiânia, o prefeito de São Paulo, João Doria, criticou as manifestações contrárias ao seu Programa de Alimentação Solidária, que prevê a distribuição da farinata para pessoas carentes.