Rotina de fracassos
Segue a sina: Leão deixa Atlético-PR virar e perde de novo em casa
Tudo indicava que o grande momento estava prestes a acontecer. Ilusão. Ontem, o Vitória teve o jogo nas mãos, mas frustrou novamente o seu torcedor e, de virada, perdeu por 3x2 para o Atlético Paranaense. O rubro-negro, pior mandante da Série A, segue sem ganhar em seus domínios desde 2 de agosto. Até agora, o Leão só conseguiu vencer Atlético Mineiro e Ponte Preta, ambos no primeiro turno.
Foi daquele jeito. Com emoção. Antes da bola rolar, teve torcedor jogando sal grosso na porta do estádio em plena madrugada, banho de folha, reza braba e dedos cruzados. Mas quem levou um banho mesmo - e não foi de pipoca, e sim de água gelada - foi o Vitória.
Com dois minutos, os paranaenses assustaram com Ribamar, que deu uma arrancada e, de canhota, mandou uma bomba em direção ao gol de Caíque. O goleirão se esticou todo e salvou. No minuto seguinte, veio a decepção. Após cobrança de escanteio de Guilherme, Ribamar subiu mais alto e, de cabeça, fez 1x0.
A irritação e incredulidade ficaram apenas nas arquibancadas. Em campo, o Vitória não se abateu. Sem pressa, nem desespero, o time do técnico Vagner Mancini investiu na troca de passes, tocou a bola sem agonia e chegou lá.
Aos 21, ensaiou o primeiro gol com um lindo chute de David, espalmado por Weverton. Na sequência, o Leão pressionou. Caíque Sá cruzou rasteiro, Wanderson tentou tirar e quase marcou contra. Na sequência, Jonathan cometeu pênalti em Juninho. Festival de lambança do Furacão.
O ponteiro marcava 24 minutos quando Neilton pegou a bola para cobrar. Frio, esperou até o último momento e mandou a bola no cantinho, para deixar tudo igual. Sai, zica!
O primeiro tempo ainda teve chances de perigo do Leão, como cabeçada do zagueiro Wallace que assustou os paranaenses e beliscou o travessão, e do Furacão, que pressionou com Douglas Coutinho e Jona- than, mas Caíque estava atento nos lances.
TEVE VOLTA
Lembra do banho de água fria que a galera rubro-negra levou com três minutos do primeiro tempo? Teve volta. Aos 4 do segundo, David disparou pela esquerda e rolou para trás. Thiago Heleno só viu a bola passar e ela encontrou Tréllez na área. Livre, o colombiano mandou para o fundo das redes e foi para a galera, com direito a dancinha e muita malemolência.
Gol feito, é hora de se fechar? Sai daí. Se o Atlético queria ir para cima, o Vitória também não abriria mão de voltar a vencer em sua casa. Aos 13, David entrou com facilidade na área, mas enfeitou demais na hora de driblar e perdeu a chance de ampliar.
Quem não faz? Leva. Aos 20, depois do cruzamento, Lucho González ajeitou de primeira e Douglas Coutinho, livre, não quis saber de conversa, deslocou Caíque com um toque, empatou e também comemorou com dancinha.
O Vitória ainda chegou com André Lima, que entrou no segundo tempo e tentou a cabeçada após cruzamento de Neilton, porém foi o Atlético quem conseguiu virar. Aos 33, Guilherme levantou na área e Ribamar, de cabeça, fez mais um e fechou o caixão: 3x2.
Agora, o Vitória soma 15 jogos como mandante. Ao todo, venceu apenas dois, empatou três e perdeu 10. O time é o 16º colocado, um ponto acima da Ponte Preta, primeira equipe dentro da zona de degola.
CLÁSSICO
Na próxima rodada, o Vitória jogará diante do Bahia. O clássico será domingo, às 16h, na Fonte Nova. O Leão avaliará se o goleiro Fernando Miguel, o zagueiro Kanu e o atacante Kieza, todos no departamento médico, têm condições de jogo. Vitória Caíque; Caíque Sá (Patric), Ramon, Wallace e Juninho; Fillipe Soutto (André Lima), Uillian Correia e Yago, David, Neilton (Danilinho) e Tréllez Técnico Vagner Mancini
Atlético-PR Weverton, Jonathan, Wanderson, Thiago Heleno e Sidcley; Pavez (Lucas Fernandes), Lucho González (Matheus Rossetto), Guilherme, Gedoz (Fabrício) e Douglas Coutinho; Ribamar Técnico Fabiano Soares
Estádio Barradão
Gols Ribamar, aos 3, e Neilton, aos 24 do 1º tempo; Tréllez, aos 4, Douglas Coutinho, aos 20, e Ribamar, aos 33 do 2º tempo Cartão amarelo Lucho González e Ribamar
Público 7.741 pagantes
Renda R$ 95.984,00
Árbitro André Luiz de Freitas Castro, auxiliado por Fabrício Vilarinho da silva e Cristhian Passos Sorence (trio de goiás) Vacilou no 3º gol
Não era pra sair Deixou espaços Sem culpa nos gols sofridos
Pode render mais Fez o básico
Pecou na marcação
Abaixo do normal
Rápido, armou boas jogadas
Se doou muito Sempre com muita qualidade
Entrou mal, não ajudou
Pouco tempo em campo
Ligado no jogo