Correio da Bahia

Especialis­tas dizem que solução é remover sedimentos

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DIQUE Os microscópi­os foram montados no deck principal, bem na margem do Dique do Tororó. Alunos, moradores, curiosos e pescadores foram chegando. Todo mundo de olho nos microrgani­smos e nas orientaçõe­s dos professore­s do Instituto de Biologia da Ufba, que realizaram ontem uma aula pública para explicar o mau cheiro e a coloração esverdeada do Dique. Além de esclarecer os motivos da fedentina, eles apontaram soluções. Segundo o professor Eduardo Mendes da Silva, o mau cheiro é resultado da floração de algas que se alimentam do excesso de matéria orgânica arrastada pelas chuvas, associado à poluição histórica. “Estamos falando de 400 anos de poluição, que está principalm­ente no fundo do Dique e alimenta as algas, que se proliferam. É a deterioraç­ão dessas algas que causa o mau cheiro”, diz o professor. A solução? “A mais viável e rápida é remover a água suja, o lodo, o sedimento orgânico que fica no fundo”, afirmou Eduardo, sugerindo uma grande dragagem no sistema aquático. Além de entender detalhes do problema, moradores da região diziam que é uma questão recorrente. Mas a eles também foi dado um recado: “Esse lodo existe há muito tempo, mas é potenciali­zado pelo material orgânico trazido pelas chuvas e pelo lixo jogado”, afirmou a professora Adriana Medeiros.

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Professore­s da Ufba fizeram aula pública no Dique para explicar fedor

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