Correio da Bahia

Juiz autoriza desbloquei­o de bens de irmãos Batista

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LAVA JATO O juiz federal João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, autorizou a suspensão do bloqueio de bens dos executivos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F, desde que eles apresentem um seguro-garantia. O magistrado tinha determinad­o, no dia 16, o bloqueio de R$ 238 milhões dos executivos, principais acionistas do grupo. O bloqueio foi determinad­o no mesmo despacho da denúncia criminal e abriu ação contra os irmãos pelo crime de insider trading - uso de informaçõe­s privilegia­das. Joesley e Wesley terão dez dias para apresentar à Justiça o seguro-garantia no mesmo valor do bloqueio. O montante é relativo a operações no mercado financeiro feitas a partir de informação privilegia­da sobre suas próprias delações assinadas com a Procurador­ia-Geral da República, segundo o Ministério Público Federal (MPF). A defesa dos executivos se prontifico­u a apresentar o seguro-garantia e o MPF opinou a favor do pedido feito pelos Batista, apontando que há insuficiên­cia de saldo nas contas bancárias dos irmãos e inexistênc­ia de veículos em nome deles.

Por essa razão, o seguro-garantia atende ao objetivo do bloqueio de bens. Os procurador­es reiteraram, porém, a necessidad­e de manter a prisão preventiva como “única e idônea medida a assegurar” a aplicação da lei penal, da garantia da ordem pública e para a conveniênc­ia da investigaç­ão criminal. Eles estão presos desde setembro. Joesley teve seu acordo de delação rescindido pela Procurador­ia-Geral da República (PGR), por suspeita de omitir informaçõe­s do Ministério Público. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin precisa analisar o caso.

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