Correio da Bahia

Fica tudo como está

- Donaldson Gomes e agências donaldson.gomes@redebahia.com.br

Após um dia marcado por intensas idas e vindas em Brasília – por algumas horas, todas as atenções do mundo político se voltaram para o Hospital do Exército – ficou tudo como já estava no Planalto Central. Michel Temer (PMDB-SP) segue presidente da República, mas a demonstraç­ão de força sonhada pelo governo na Câmara dos Deputados, com uma votação incontestá­vel, terá que ficar para uma próxima ocasião.

Com 12 votos a menos que na votação da primeira denúncia, Temer conseguiu, por 251 votos a 233, barrar o prosseguim­ento da segunda acusação formal contra ele apresentad­a pela Procurador­ia-Geral da República (PGR). A sessão na Câmara terminou por volta das 21h30 e evita que o Supremo Tribunal Federal analise a acusação contra Temer e dois de seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

O desfecho, favorável ao presidente, foi o mesmo alcançado na primeira denúncia. A grande questão é que, desta vez, os governista­s tiveram muito mais trabalho para conseguir um resultado numérico pior. Foram gastas oito horas para reunir o número mínimo de deputados para abrir a sessão

Orientaram voto a favor de Temer o PMDB, PP, Avante, PSD, PR, DEM, PTB, Pros, PSL, PRB, Solidaried­ade, PSC e PEN. Contra, o PT, PSB, PDT, PCdoB, Podemos, PPS, PHS, PSOL e Rede. Ficaram em cima do muro (liberaram os parlamenta­res a votar como quisessem) o PV e o PSDB, esse último principal aliado do PMDB no governo. O partido rachou durante todo a crise. De um lado, o grupo de Aécio Neves (MG), favorável a Temer, e de onde saiu o relatório favorável a Temer. De outro, o de Geral-

Mesmo com menos votos, governo consegue parar denúncia

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Em dia tenso, o presidente Michel Temer, ao lado da primeira-dama, Marcela, deixa hospital em Brasília

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