Fica tudo como está
Após um dia marcado por intensas idas e vindas em Brasília – por algumas horas, todas as atenções do mundo político se voltaram para o Hospital do Exército – ficou tudo como já estava no Planalto Central. Michel Temer (PMDB-SP) segue presidente da República, mas a demonstração de força sonhada pelo governo na Câmara dos Deputados, com uma votação incontestável, terá que ficar para uma próxima ocasião.
Com 12 votos a menos que na votação da primeira denúncia, Temer conseguiu, por 251 votos a 233, barrar o prosseguimento da segunda acusação formal contra ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A sessão na Câmara terminou por volta das 21h30 e evita que o Supremo Tribunal Federal analise a acusação contra Temer e dois de seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
O desfecho, favorável ao presidente, foi o mesmo alcançado na primeira denúncia. A grande questão é que, desta vez, os governistas tiveram muito mais trabalho para conseguir um resultado numérico pior. Foram gastas oito horas para reunir o número mínimo de deputados para abrir a sessão
Orientaram voto a favor de Temer o PMDB, PP, Avante, PSD, PR, DEM, PTB, Pros, PSL, PRB, Solidariedade, PSC e PEN. Contra, o PT, PSB, PDT, PCdoB, Podemos, PPS, PHS, PSOL e Rede. Ficaram em cima do muro (liberaram os parlamentares a votar como quisessem) o PV e o PSDB, esse último principal aliado do PMDB no governo. O partido rachou durante todo a crise. De um lado, o grupo de Aécio Neves (MG), favorável a Temer, e de onde saiu o relatório favorável a Temer. De outro, o de Geral-
Mesmo com menos votos, governo consegue parar denúncia