Dificuldade nos cálculos e letras
Mais da metade dos estudantes brasileiros no 3º ano (2ª série) do ensino fundamental apresentam níveis insuficientes de leitura e matemática para a idade. Ou seja, eles têm dificuldades em interpretar textos simples e fazer contas. Dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que a alfabetização estagnou entre 2014 e 2016 no país.
De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), 54,73% dos estudantes tinham nível de leitura insuficiente em 2016. Em 2014, o percentual de estudantes avaliados com nível insuficiente era um pouco maior: 56,17%.
Os resultados da pesquisa fizeram com que o Ministério da Educação anunciasse que estuda antecipar a alfabetização em um ano, proposta do MEC para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que vai definir o que os alunos da educação básica devem aprender a cada ano.
As regiões Norte e Nordeste são as que obtiveram os piores resultados de leitura, com 70,21% e 69,15% dos estudantes, respectivamente, apresentando insuficiência Esses percentuais caem para 51,22% no Centro-Oeste; 44,92% no Sul; e 43,69% no Sudeste.
Os estudantes que participaram da ANA foram enquadrados em quatro níveis com relação à proficiência em leitura: elementar (leitura de palavras com sílabas constituídas de uma consoante e uma vogal); básico (capazes de identificar o assunto e finalidade de textos de até cinco linhas); adequado (identificar o assunto em textos simples, localizar informação no meio ou final do texto, identificar o referente de um pronome pessoal e reconhecer significado de expressão de linguagem figurada); e desejável (reconhece participantes de um diálogo e reconhecer relação de tempo; além de identificar o referente de pronome possessivo). Os dois primeiros são níveis considerados insuficientes.
Já nos testes de escrita, os alunos tiveram dificuldades para escrever corretamente vocábulos como ‘lousa’ e ‘professor’, pois não foram capazes de identificar diferenças nas estruturas silábicas das palavras ditadas.
Alunos do 3º ano não leem bem e nem sabem fazer conta, diz MEC