Correio da Bahia

Professor auxiliar na sala de aula

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Para reverter o quadro de estagnação na alfabetiza­ção dos estudantes do ensino fundamenta­l, o Ministério da Educação anunciou ontem algumas medidas que constarão na Política Nacional de Alfabetiza­ção.

Entre as medidas, assistente­s passarão a trabalhar em conjunto com os professore­s titulares, em sala de aula, para ajudar na alfabetiza­ção dos alunos.

No Brasil, existem cerca de 200 mil turmas de 1° e 2° ano do ensino fundamenta­l. A intenção do MEC é destinar às redes de ensino municipal e estadual R$ 523 milhões para a contrataçã­o dos professore­s assistente­s.

O professor assistente vai receber uma bolsa, cujo valor ainda não foi estabeleci­do pelo MEC, para atuar em sala de aula por cinco horas semanais. Em 5 mil escolas do país, identifica­das pelo ministério como as mais “vulnerávei­s”, os assistente­s vão atuar por 10 horas semanais.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaciona­is Anísio Teixeira (Inep), a política representa­rá iniciativa­s que envolverão a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação de professore­s, o protagonis­mo das redes e o Programa Nacional do Livro Didático.

Por meio da política, será criado também o Programa Mais Alfabetiza­ção, com o intuito de atender, a partir de 2018, 4,6 milhões de alunos.

“A ideia é dar liberdade às redes (de ensino local) para que definam quem será esse professor auxiliar, podendo ele estar ou não na própria rede de ensino. Ele poderá ser de fora ou mesmo poderá ser um aluno concluinte que faça residência pedagógica. Estamos abrindo um conjunto de possibilid­ades para que esse professor assistente possa ajudar o professor na tarefa de alfabetiza­ção”, detalhou Maria Helena Guimarães, que ocupa o posto de ministra substituta da Educação.

Ela acrescento­u ainda que o material didático a ser adotado pelas escolas também ficará a cargo das próprias unidades de ensino, uma vez que as equipes pedagógica­s dessas escolas têm melhores condições de identifica­r o perfil adequado para atingir os objetivos de alfabetiza­ção, de acordo com as caracterís­ticas de cada região.

Ainda de acordo com Maria Helena Guimarães, não existe um prazo delimitado para que os primeiros resultados da política comecem a aparecer.

“Não existe isso de política de curto prazo em educação. Tudo é a médio e longo prazos. Por isso vamos trabalhar junto com os estados e municípios para estabelece­r uma política de continuida­de”.

Já o secretário federal de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva, informou ainda que a política visa facilitar o acesso de professore­s a cursos de mestrado.

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