Correio da Bahia

Dinheiro é a solução?

- Fernanda Varela fernanda.varela@redebahia.com.br

O Universo/Vitória estreou mal na Copa Avianca. O rubro-negro foi derrotado pelo Vasco por 85 a 66 no primeiro jogo do torneio preparatór­io para o NBB. A competição acontece em Belo Horizonte. O Vitória volta a jogar hoje, contra o Minas, às 19h30.

O tropeço, segundo o pivô Douglas Kurtz, é compreensí­vel, já que o elenco foi reformulad­o e pelo menos metade do time saiu. “O Vasco já está pronto para o NBB. Nosso time está se ajustando, ainda não fizemos um jogo com o grupo completo. Precisamos focar na preparação para o NBB. Pecamos na defesa e no rebote e, contra o Minas, temos que corrigir os erros”, explicou o jogador.

Já o técnico Régis Marrelli destacou o desgaste da equipe, que disputou a Liga Sul-Americana. A primeira fase foi em Salvador. “Fizemos um jogo razoável, mas oscilamos muito. O nosso objetivo aqui é realmente treinar. Estou focado no time, na evolução do grupo e no entrosamen­to”, concluiu o treinador. Como acabar com o jejum do Vitória como mandante no Campeonato Brasileiro? Sem vencer desde o dia 2 de agosto no Barradão, o Leão vive situação delicada. Em seus domínios, o rubro-negro fez 15 partidas e ganhou duas, ambas no primeiro turno, contra Atlético Mineiro e Ponte Preta - o time acumula ainda três empates e dez derrotas. Para acabar com isso, o presidente em exercício Agenor Gordilho cogita até pagar “bicho” (premiação em dinheiro) aos jogadores em caso de triunfo. O próximo jogo é em casa: contra o Atlético Goianiense, domingo, às 17h.

Apesar disso, o dirigente, que se reuniu com os jogadores antes do treino de ontem, garante que nenhum atleta pediu a premiação. “Tenho conversado muito com Cleber (Giglio, diretor de futebol do Vitória) sobre isso. Inclusive, o grupo está tão focado, tem tanta hombridade, que nunca falou sobre isso, nem com Cleber, comigo ou Mancini. Eles consideram isso uma obrigação deles. A bola vai entrar aqui”, destacou Gordilho.

Depois, o dirigente completou. “(Bicho) É uma ferramenta. Até no último jogo, por eles não terem falado absolutame­nte nada, a gente deu um algo a mais. Estamos tomando algumas providênci­as dentro e fora de campo. A gente está atento a tudo. E vamos ver, retomar essa mística do Barradão. Tenho fé”, disse.

A campanha ruim como mandante rende ao Vitória a 17ª posição na tabela, abrindo a zona de rebaixamen­to. Para chegar a 45 pontos, o time precisa somar pelo menos metade dos pontos que tem a disputar. Com essa pontuação, a chance de cair para a Série B é de 15%, segundo os matemático­s da Universida­de Federal de Minas Gerais (UFMG). Com 46 pontos, baixa para 3,6%. E com 44, a chance de rebaixamen­to é de 39,3%.

FORA DE CASA

Se em casa o Vitória decepciona, fora de casa é uma máquina. Foram 15 jogos como visitante, com sete triunfos, três empates e cinco derrotas. O aproveitam­ento de 53% só é pior que o do Corinthian­s (62%). Desde que o técnico Vagner Mancini assumiu, o Leão perdeu apenas um jogo como visitante, justamente o Ba-Vi do último domingo, por 2x1, na Fonte Nova.

Gordilho demonstrou confiança nos jogadores e que conta com o apoio do torcedor rubro-negro. “O grupo não dá trabalho, é um grupo focado. Chega fora de casa, a gente faz partidas incríveis, estávamos invictos há sete jogos. Aqui também não falta disposição. O que a gente fez foi incentivar eles para buscar o resultado também aqui em casa. Domingo nós temos um jogo decisivo. A gente quer que venham para cá despreocup­ados. A nossa torcida vai estar aqui, vai compreende­r que é hora de apoiar mesmo. Vamos partir para ganhar quatro dos oito jogos que faltam. Vamos atingir o nosso objetivo”, finalizou ele.

Agenor Gordilho cogita pagar ‘bicho’ para Leão vencer em casa

E OS JOGADORES?

Assim como Agenor Gordilho, o lateral-direito Caíque Sá também deu entrevista. O jogador admite que o presidente falou em premiação financeira, mas garante que não é momento para pensar nesse tipo de coisa. “O fundamenta­l é conquistar os três pontos em casa, que estamos devendo. Bicho, nesse momento, temos que deixar de lado. O principal é fazer a nossa parte, porque a diretoria vai fazer a dela”, afirmou.

Caíque Sá também explicou a presença do presidente em exercício no treino. “A chegada dele foi bem-vinda. Ele falou para incentivar a gente. Só que estamos em um momento difícil, na zona de rebaixamen­to. Foi uma palavra de conforto para levantar o astral. A gente tem que fazer um bom jogo domingo para ficar longe dessa zona”, concluiu.

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Agenor Gordilho conversa com os jogadores antes do treino na Toca

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