Correio da Bahia

Historiado­res ficam decepciona­dos com documentos sobre Kennedy

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ARQUIVOS SECRETOS Nem os historiado­res oficiais e nem os teóricos da conspiraçã­o de plantão. Na abertura da caixa preta dos documentos secretos sobre o assassinat­o do 35º presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, morto a tiros, no Texas, em 1963, não há nada de tão novo assim no horizonte. Pesquisado­res que aguardavam ansiosos a liberação do acervo, aprovada por Donal Trump no começo da semana, revelaram-se decepciona­dos com o conteúdo disponibil­izado. Dos documentos recém-divulgados, 2,9 mil de um total de três mil que eram guardados como secretos, só 52 papéis, de fato, nunca tinham sido vistos pelo público. Ainda assim, boa parte do conteúdo é quase ilegível ou está fora de contexto, confundind­o ainda quem até hoje busca uma explicação para a morte de Kennedy. Trump passou a semana no Twitter atiçando a curiosidad­e de quem desejava consultar o acervo secreto. A CIA e o FBI também botaram lenha na fogueira, ao afirmar que alguns documentos deveriam ser mantidos sob sigilo. Mas, no fim das contas, para quem já avaliou o material, a expectativ­a criada não correspond­e à realidade. De polêmico mesmo, existe a revelação de que a CIA teria tentado encomendar com um mafioso a morte do líder cubano Fidel Castro, no auge da Guerra Fria. Segundo informaçõe­s da rede de televisão norte-americana CNN, um documento de 1975 detalha o papel da CIA em assassinat­os estrangeir­os e revela o plano para matar Castro logo nos primeiros dias do governo Kennedy, que durou de 1961 a 1963. De acordo com o relatório, Robert Kennedy, que na época era procurador-geral dos EUA e irmão do presidente assassinad­o, teria dito ao FBI que a CIA contratou um intermediá­rio “para se aproximar de Sam Giancana com uma proposta de pagar US$ 150 mil para contratar um atirador para entrar em Cuba e matar Fidel Castro”. Muitos dos documentos são relativos à Operação Mongoose, lançada em 1960 para combater o comunismo.

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