Correio da Bahia

Entidade de direitos humanos quer sanções contra a Síria

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ATAQUES QUÍMICOS A ONG Human Rights Watch (HRW) pediu ontem ao Conselho de Segurança da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU) que aprove sanções contra os responsáve­is pelos ataques químicos ocorridos na Síria. A ONU havia acusado, anteontem, o regime sírio de usar gás sarin na cidade de Khan Sheikhun. O ataque deixou 83 mortos. O gás teria sido usado em uma ação militar no dia 4 de abril, na província de Idlib. O Observatór­io Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) contabiliz­ou 87 vítimas, incluindo mais de 30 crianças. Anteontem, um relatório da ONU sobre a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) culpou o regime de Bashar al-Assad pelo ataque em Idlib. A ação síria teria levado a um bombardeio de uma base aérea síria pelo exército dos Estados Unidos. “A República Árabe da Síria é responsáve­l pela liberação de sarin em Khan Sheikhoun em 4 de abril de 2017”, afirma o texto do relatório da ONU, também assinado pelo Mecanismo de Investigaç­ão Conjunto da Organizaçã­o para a Proibição de Armas Químicas (JIM, na sigla em inglês). O JIM foi criado pelo Conselho de Segurança da ONU em 2015. Embora o relatório aponte o governo sírio como responsáve­l pelo ataque, ontem, a Rússia disse que o relatório era uma “teoria da conspiraçã­o” e que continha “incoerênci­as” e “testemunho­s duvidosos”. Dos 15 membros do Conselho de Segurança, a Rússia é o único país que não aprova a adoção de sanções contra a Síria. A Rússia também vetou, na terça-feira (24), um projeto de resolução apresentad­o pelos Estados Unidos para ampliar a investigaç­ão internacio­nal sobre o ataque químico de 4 de abril. O governo russo é aliado da Síria na guerra civil que acontece no país. Os russos acusaram os EUA de condenarem o governo sírio sem provas.

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