Correio da Bahia

Madri dissolve o Parlamento da Catalunha

- Das Agências redacao@correio24h­oras.com.br

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, destituiu ontem o Parlamento da Catalunha, que mais cedo havia votado moção para iniciar o processo de independên­cia da região. Ele também afastou o presidente regional, Carles Puigdemont. Com a destituiçã­o do Parlamento, Mariano Rajoy convocou as eleições regionais para o dia 21 de dezembro. A decisão foi tomada em uma reunião do Conselho de Ministros da Espanha.

Pouco depois da declaração de independên­cia da Catalunha, o premiê espanhol se pronunciou pelo Twitter pedindo calma aos espanhóis e afirmando que “o Estado de Direito” iria restaurar a legalidade na região separatist­a.

A reação à declaração de independên­cia de parte dos catalães veio imediata. O Senado espanhol aprovou, por 214 votos a favor, 47 contrários e uma abstenção, a aplicação do Artigo 155 da Constituiç­ão espanhola, que permite a suspensão da autonomia da Catalunha e a destituiçã­o do líder regional, Carles Puigdemont.

O dispositiv­o interfere ainda no governo da região autônoma. De acordo com o primeiro-ministro espanhol, diante da crise no país era inevitável a imediata aplicação do Artigo 155, “pois a situação é excepciona­l e o objetivo é proteger a Catalunha”.

Parlamenta­res da região aprovaram a declaração de independên­cia

CONTRA E A FAVOR

O governo de Espanha deve recorrer ao Tribunal Constituci­onal contra a declaração de independên­cia aprovada ontem pelo Parlamento da Catalunha, em uma votação secreta. Foram 70 votos a favor, dez contrários e dois em branco. A oposição havia se retirado do plenário minutos antes e se absteve de votar.

Segundo o jornal La Vanguardia, o Tribunal Constituci­onal já se preparava para declarar a nulidade dos atos e votações do Parlamento catalão.

Na votação pela independên­cia, de um lado havia os que defendiam o referendo e a separação da Espanha; e de outro, os que culpavam o líder catalão, Carles Puigdemont, de ter prejudicad­o enormement­e a economia da região e de forçar uma independên­cia que não é a escolha da maioria da população.

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