Correio da Bahia

Novato na própria ca

- Vitor Villar vitor.villar@redebahia.com.br

Quando José Welison entrar em campo no domingo, às 18h (horário da Bahia), para enfrentar o Vasco, terá ao seu redor um time completame­nte diferente do último em que foi titular, ainda em abril deste ano. O volante é um bom referencia­l do quanto o Vitória mudou nestes seis meses em que ele esteve lesionado.

Zé rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito no dia 9 de abril, no primeiro Ba-Vi da temporada. Além dele, o time titular daquele clássico foi formado por Fernando Miguel, Patric, Kanu, Alan Costa e Geferson; Willian Farias, Cleiton Xavier e Gabriel Xavier; David e André Lima.

Daqueles jogadores, apenas três devem ser titulares contra o Vasco. Patric, que jogará no lugar do lesionado Caíque Sá; Kanu, que deve voltar ao time no lugar de Fred; e David.

Dois deles, Alan Costa e Geferson, nem são mais aproveitad­os pelo time principal. Outros dois – Fernando Miguel e Willian Farias –, estão com lesões mais complicada­s e não têm prazo de voltar à equipe.

Gabriel Xavier até deixou o Leão nesse meio-tempo, sendo vendido para o japonês Nagoya Grampus. Os demais, como Cleiton Xavier e André Lima, são figurinhas carimbadas no banco de reservas.

Um dado ainda mais notável é que seis prováveis titulares de domingo sequer estavam na Toca do Leão quando Welison se machucou. Os zagueiros Ramon e Wallace; o lateral-esquerdo Juninho; o meia Yago; e os atacantes Neilton e Tréllez chegaram ao clube ao longo destes seis meses.

Para Zé, o entrosamen­to não será um problema. “Já tem uns três meses que venho treinando em campo com esse grupo. Procurei observar o que os caras estavam fazendo, onde gostam de dar o passe, como gostam de receber a bola, enfim, tudo. Como estudei muito, acho que não vai ter problema de adaptação”.

Welison será o substituto de Uillian Correia, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Este, sim, já está no Barradão desde abril, mas àquela época era reserva justamente do volante.

INTEIRO

José Welison jogou por apenas 45 minutos no seu retorno aos gramados, no último domingo, contra o Atlético-GO, no Barradão. O gol do empate em 1x1, inclusive, foi dele.

Cheio de disposição, o garoto de 22 anos garante que está em plenas condições de ser titular contra o Vasco. “Estou pronto, com certeza! Já vinha treinando forte há um bom tempo. O doutor Wilson (Vasconcelo­s, médico do Vitória) me perguntou depois do jogo com o Atlético como eu estava me sentindo e eu disse que estava ótimo. Estou preparado para jogar os 90 minutos, sim, e até mais se for preciso”.

A recuperaçã­o de José Welison da lesão acontecem tempo considerad­o curto, de quatro meses e meio afastado. No último mês e meio, ele veio retomando o ritmo treinando entre os reservas.

O volante conta que, mesmo afastado dos gramados por tanto tempo, sentiu na pele todos os problemas que o Vitória tem vivido nesta temporada. “Não é como se eu estivesse longe dos problemas só porque estou voltando agora. Mesmo sem jogar, acompanhei todos os momentos difíceis que o time viveu, e está vivendo ainda, na verdade. Então sei que não vai ser fácil”, diz.

“Nós temos que passar por isso aí. Temos que focar no que estamos fazendo, porque não podemos mais errar. Ninguém tem tempo mais para isso. Daqui pra frente, a gente tem que acertar em todas as jogadas, escolher bem o que vai fazer em campo e tomar a decisão certa. Para mim, isso é concentraç­ão”, completou.

Seis meses depois, Zé Welison volta ao time e encontra um Leão diferente

Vasco x Vitória (05/09): Provável: Caíque, Patric, Kanu, Wallace e Juninho; Ramon, José Welison, Yago e David; Neilton e Tréllez. O chamado de Mancini para que José Welison fizesse o seu retorno aos gramados diante do Atlético-GO, no último domingo, pegou a todos de surpresa, menos o goleiro reserva do Leão, Ronaldo.

Era um jogo difícil e o Vitória perdia em casa por 1x0 no intervalo. Mesmo assim, o goleiro, amigo de Zé desde os tempos da base, confiou que seria o dia do volante.

O próprio Zé é quem conta a história. “Depois das instruções do professor Mancini no intervalo, Ronaldo chegou pra mim, assim, do nada e disse: ‘alegria, rapaz, porque você vai voltar a fazer o que mais gosta’. Parecia que ele já sabia que eu ia entrar, né?’”.

“Pouco depois disso, Mancini me chamou para entrar no jogo e o que Ronaldo falou veio logo na minha cabeça. Entrei em campo pensando naquilo, em jogar com alegria.

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