Saindo de cena
Conforme antecipado pelo CORREIO, o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, não concorrerá à reeleição no dia 9 de dezembro. O mandatário tricolor comunicou ontem, através do seu perfil do Instagram, que sairá do clube ao final do atual mandato.
No texto, Sant’Ana alegou que a saída acontece por motivos familiares. “Muitos me questionam: agora que ‘arrumou’ o Bahia você vai sair? Sim. Não vai tentar a reeleição? Não. Por quê? Porque eu preciso estar mais perto de Juliana, Lara e Mariana”, publicou, citando esposa e filhas, a última de apenas um mês.
Sant’Ana pediu para que a torcida encare a sua saída de uma maneira amena. “Mas aqui não é uma despedida. É sim a reta final para concluirmos uma história de gestão com pleno respeito e afeto. O Bahia é meu amor para a vida inteira”.
Sem o mandatário no pleito, o CORREIO apurou que o grupo que compõe a atual gestão vai lançar o secretário municipal, Guilherme Bellintani, à presidência e o superintendente jurídico do clube, Vitor Ferraz, para a vice-presidência. Bellintani, inclusive, já acertou sua saída da Secretaria municipal de Desenvolvimento e Urbanismo.
O atual vice-presidente do Bahia, Pedro Henriques, também confirmou ontem, através do Instagram, que está fora do pleito. Ele cogitou concorrer como substituto a Marcelo Sant’Ana, mas vai apenas disputar uma vaga no Conselho Deliberativo.
Henriques deu a entender que a base política que o apoiava preferiu manter-se unida, através do nome de Bellintani. “A unidade dos aliados da base aumentará a segurança. Eventual ruptura traria risco à continuidade do projeto. Não poderia permitir isso. Para fazer esse tipo de escolha não se pode pensar em poder, vaidade ou ambição. É preciso focar no Bahia”.
APOIO
A candidatura de Bellintani recebeu o apoio oficial de dois grupos: a Nova Ordem Tricolor e o Grito Tricolor firmaram parceria e inscreveram a primeira chapa para a disputa por vagas no Conselho Deliberativo no triênio de 2018 a 2020.
Diferentemente da eleição passada, quando lançou chapa para concorrer aos cargos executivos do clube, a Nova Ordem decidiu não entrar na briga presidencial desta vez. Segundo o conselheiro Ricardo Maracajá, que era cogitado para concorrer ao pleito, seria uma antecipação de planejamento.
Ele admitiu a tendência a apoiar Bellintani. “Guilherme é o que mais se aproxima das nossas ideias. Tivemos boas conversas, a gente sentiu muita congruência nas ideias, e a partir daí entendemos que ele é o melhor candidato para o Bahia”, justificou.
Sant’Ana confirma que não vai tentar reeleição; vice também de saída