Correio da Bahia

24h Gás é reajustado de novo e alta no ano é de 54%

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PETROBRAS A Petrobras anunciou ontem novo reajuste no gás de cozinha para embalagem em botijões de 13 quilos. Desta vez, a alta será de 4,5%, causada, segundo a estatal, pela alta nas cotações internacio­nais do produto.

Foi o quinto aumento consecutiv­o. Desde que a companhia mudou sua política de preços para o GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), em junho, foram seis aumentos e uma única redução, no dia 5 de julho.

Nesse período, o produto vendido em embalagens de até 13 quilos acumula aumento de 54%. Em comunicado distribuíd­o ontem, a Petrobras diz que o botijão de gás ficará 2%, ou R$ 1,21, mais caro, “se forem mantidas as margens de distribuiç­ão e de revenda e as alíquotas de tributos”.

“O reajuste foi causado principalm­ente pela alta das cotações do produto nos mercados internacio­nais, influencia­da pela conjuntura externa e pela proximidad­e do Inverno no Hemisfério Norte. A variação do câmbio também contribuiu”, explicou a empresa, em nota.

Na quarta, a empresa havia anunciado aumento também no preço do GLP para embalagens maiores do que 13 quilos, mais usadas por comércio e indústria. A alta foi de

6,5%. Neste caso, o reajuste acumulado desde junho é de 29,5%. Desde 2013, a estatal pratica preços diferentes para os dois produtos.

A política foi iniciada ainda no começo do governo Lula com o objetivo de conter a inflação e oficializa­da em 2015 em resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). A nova política de preços mantém a diferença: para o cálculo do GLP industrial, a Petrobras inclui o custo de importação, além das cotações internacio­nais e margem de lucro.

A ANP, porém, defende o fim da diferença de preços, alegando que estaria prejudican­do a atração de novos investimen­tos para o setor.

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