Tiroteios deixam moradores de morros do Rio trancados em casa
CRISE NA SEGURANÇA A guerra entre as facções criminosas rivais no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio de Janeiro, que acontece desde anteontem, fez com que moradores da comunidade ficassem trancados em casa, com medo da violência e de balas perdidas. Ontem, estações de metrô que servem à região foram fechadas e o comércio local também não funcionou. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) atuaram no Morro de São Carlos, na região central da cidade; enquanto na Zona Norte, os batalhões do 41º BPM (Irajá) buscaram criminosos no Juramento e nas comunidades de Serrinha e Congonhas, com o apoio de dois veículos blindados. De acordo com a PM, a operação no Morro São Carlos resultou em uma prisão e na apreensão de um fuzil AK-47, munições, carregadores e drogas. Ainda de acordo com a PM, três suspeitos foram presos: dois em São Carlos e um menor apreendido, no Morro do Juramento, durante as operações. No Juramento foram encontrados um rádio transmissor, três baterias e mais dois fuzis: um AK-47 e um AR-15. Os presos e o material apreendido foram encaminhados para a Central de Garantias, na Cidade da Polícia, também na Zona Norte da capital. As operações da PM nos morros acontecem em meio a uma grave crise na Segurança Pública do Rio de Janeiro e à polêmica envolvendo as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o governado do estado, Luiz Fernando Pezão. Anteontem, o comando da PM exonerou seis oficiais da Corregedoria da corporação. Entre os exonerados está o major Manuel Carlos Pontes, que era chefe da 8ª DPJM, responsável por investigar irregularidades cometidas por PMs em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).