Bruxelas vai extraditar líder da Catalunha
EUROPA A Promotoria de Justiça da Bélgica disse ontem que está examinando um mandado de prisão contra o líder catalão destituído, Carles Puigdemont, e que espera iniciar os procedimentos de extradição o mais rápido possível. Em comunicado, os promotores de Bruxelas (capital da Bélgica e sede do parlamento europeu) disseram que promotores federais entregaram a eles os mandados contra Puigdemont e quatro de seus ex-ministros por causa de ligações que eles têm com Bruxelas. O comunicado não explica quais seriam essas ligações. O ex-presidente da Catalunha e seus ex-ministros fugiram para a Bélgica depois de o governo espanhol tomar o controle formal da Catalunha após o processo de independência da região liderado por Puigdemont . Fontes próximas aos políticos não revelaram seu paradeiro, mas Puigdemont publicou em sua conta na rede social Twitter que está disposto a cooperar com autoridades belgas. O ministro da Justiça da Bélgica, Koen Geens, que havia oferecido exílio ao líder catalão, declarou que o governo de seu país não terá qualquer influência sobre o futuro de Puigdemont. “O mandado de prisão da União Europeia é um procedimento completamente legal”, disse. Diferentemente de um processo de extradição internacional comum, “o poder executivo não tem nenhum papel neste procedimento da União Europeia. Tudo acontece por contato direto entre as autoridades”, comentou Geens. Ontem, Puigdemont defendeu a união dos partidos independentistas catalães na eleição de 21 de dezembro, apelando à formação de uma “lista unitária” independentista”. “Chegou o momento de todos os democratas se unirem. Pela Catalunha, pela libertação dos presos políticos e pela república”, escreveu no Twitter.
Pouco depois, seus parceiros na coalizão Junts pel Sí (JxSí) e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) anunciaram que só integrarão uma lista independentista unificada se ela aglutinar todos os partidos pró-independência, o que torna muito difícil que ela se torne realidade.