Rio Vermelho: briga em bar deixa um morto e dois feridos
VIOLÊNCIA Uma briga dentro de um bar que funciona na antiga Casa da Dinha, no Largo de Santana, no Rio Vermelho, na madrugada de ontem, teve como saldo final um morto e dois feridos a tiros. Segundo testemunhas, a confusão começou com uma discussão, por volta das 4h, dentro do bar, e terminou do lado de fora, no calçadão, onde os disparos foram feitos. Ednei Moreira, 30 anos, foi atingido com um tiro no peito. Os outros dois baleados foram o vendedor ambulante Rui Moreira Bispo, 61 anos, que trabalhava no local e levou um tiro na perna, e um homem identificado como Raimundo de Jesus, que foi atingido nas costas. Ednei Moreira foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE) e morreu logo após dar entrada na unidade. Em nota, a Polícia Militar informou que Ednei foi socorrido por testemunhas. No final da tarde de ontem, o corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), de onde deverá ser liberado hoje. Os dois feridos foram socorridos por uma equipe da 12ª Companhia Independente (CIPM), também para o HGE. Os dois permaneciam internados até o fechamento desta edição. O HGE não informou o estado de saúde das vítimas. A autoria dos disparos ainda é desconhecida. Ontem pela manhã, era possível ver as marcas de sangue no local onde ocorreu o crime. "Até limparam o sangue, que estava aí na frente. Mais cedo estava bem pior", disse um garçom que trabalha em um bar próximo e preferiu não se identificar. Policiais civis e peritos realizaram a investigação no bar, por volta do meio-dia de ontem, mas a delegada responsável pelo caso preferiu não adiantar informações sobre o crime antes de aprofundar as investigações. Lenilson Santos, barman que trabalha na região, afirmou que tem ocorrido assaltos no Rio Vermelho com frequência e que o bairro está muito inseguro. "Não sei o que causou a confusão dessa vez, mas liguei logo ao caso do homem morto na semana passada no hotel aqui perto. A violência está cada vez pior", afirmou. Lenilson se refere ao caso ocorrido na última quarta-feira (01), a cerca de 30 metros do local do crime da madrugada de ontem, quando Josuel de Jesus Carvalho, conhecido como Macaco, 24 anos, morreu após ser baleado e se jogar do segundo andar do Hotel Millenium, em uma tentativa de escapar das balas. Vanessa Santos, baiana de acarajé que tem ponto em frente ao local onde ocorreram os dois casos, concorda sobre a sensação de insegurança: "Era um lugar tão tranquilo", lamentou. Na hora dos tiros, ontem, houve correria e muitos cliente saíram sem pagar a conta dos bares e restaurantes nas imediações do crime. Mas, de acordo com Sérgio Dantas, garçom de um bar no local, depois que a confusão passou, a maioria dos clientes retornou para quitar a fatura.