Correio da Bahia

Esporte

- Bruno Queiroz bruno.queiroz@redebahia.com.br

Figurar na primeira página da tabela de classifica­ção e poder mudar o foco na reta final do campeonato. Duas coisas proporcion­adas ao Bahia após o triunfo por 2x0 sobre a Ponte Preta, que deixou a equipe na 10ª colocação, com 42 pontos, mais perto de uma vaga na Libertador­es do que da zona de rebaixamen­to.

Hoje, o grupo dos sete primeiros, apelidado de G7, se garante na maior competição sul-americana em 2018 e a distância do tricolor para o Flamengo, sétimo colocado com 47 pontos, é de apenas cinco pontos. Para o Z4, encabeçado pelo Vitória, são sete pontos de diferença.

Por isso, até mesmo o técnico Paulo Cézar Carpegiani já deu a ordem para o time a partir de agora olhar para frente. “A entrega dos jogadores tem sido importante, conseguimo­s resultados. A partida que perdemos, tivemos um segundo tempo bom. Sem tirar o mérito do Flamengo, mas alguns erros foram fatais. O resultado não condiz com o que foi o jogo (4x1). Detalhes decidem uma partida, uma recomposiç­ão rápida. Esse tipo de aprendizag­em nos dá a possibilid­ade de olhar e ter confiança, convicção do que podemos produzir. A tendência é melhorar. Podemos dar uma olhada para frente”.

O atacante Mendoza partilha do mesmo pensamento e é ainda mais ousado ao falar das metas do time para a reta final da temporada. “Nosso pensamento sempre foi esse, vaga para a Copa Libertador­es ou Sul-Americana. Agora, mais do que nunca, a gente acredita. A gente tem que esperar, continuar trabalhand­o forte, porque o objetivo tem que ser cumprido no dia a dia”.

Segundo os matemático­s da Universida­de Federal de Minas Gerais, o Bahia tem apenas 1,4% de chance de queda, 70,6% de ir para a Sul-Americana e 5,6% de chance para se classifica­r à Libertador­es. Vale lembrar que esse percentual pode variar e o G7 pode se tornar até mesmo G9. Para isso acontecer, o Flamengo teria que vencer a Sul-Americana (está na semifinal) e o Grêmio bater o Lanús na final da Libertador­es.

Embalado por gols de Edigar, Bahia se desgarra do Z4 e já olha para frente

PONTOS NECESSÁRIO­S

Desde 2006, quando a Série A passou a ser disputada por 20 clubes e no formato dos pontos corridos, a menor pontuação de um sétimo colocado foi em 2008, quando o Botafogo somou 53 pontos. O “pior oitavo” em 2008, 2012 e 2016 também teve 53 e, em 2013, o São Paulo alcançou a nona posição com apenas 50 pontos.

A média do sétimo, oitavo e nono colocados dentro deste período é maior. Consideran­do os últimos 11 campeonato­s, o sétimo teve uma média de 56,9 pontos, o oitavo de 54,81 e o nono de 53,45. Como o Bahia tem 42 e ainda disputará 18, precisará de pelo menos 11 ou 12 pontos para ter chance de ir à Libertador­es com 53 ou 54 pontos, caso o G7 de fato vire G9. Vale sonhar.

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