Rodoviários pedem vale-transporte para o metrô
PROTESTO Uma nova reunião com representantes do governo do estado, prefeitura, sindicatos, empresas e rodoviários vai discutir, na próxima segunda-feira, a reivindicação de motoristas e cobradores por vale-transporte para o metrô. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, as empresas de ônibus não estão cumprindo o acordo coletivo. O diretor Daniel Mota contou que alguns trabalhadores precisam usar o metrô para chegar ao trabalho, mas, como o cartão de rodoviários não dá acesso a esse modal, eles estão tendo de pagar a passagem em dinheiro. O prefeito ACM Neto afirmou que está à disposição para intermediar um acordo com a categoria. “Sempre dialogamos com os rodoviários. No entanto, é preciso saber os limites de cada um. Aproveito para chamar a atenção de que o nosso sistema urbano está vivendo momentos difíceis. A prefeitura impôs uma série de situações; a última foi a integração, sem que isso significasse aumento de tarifa ou concessão de subsídios. Além disso, a definição de tarifa e gratuidade do metrô cabe ao governo do estado, que é o poder concedente, não cabe à prefeitura”, disse Neto. Segundo a Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), atualmente os rodoviários urbanos acessam os ônibus utilizando a farda como identificador, substituindo o vale ou cartão de transporte. O governo disse também que a emissão dos cartões deve ser feita pelos empresários e que cabe à prefeitura cobrar. Jorge Castro, representante do Consórcio Integra, não retornou as ligações do CORREIO. Para marcar a reivindicação, os ônibus não entraram ontem nas estações Acesso Norte, Mussurunga, Pirajá e Rodoviária entre as 5h e as 8h. Embora tenha se atrasado para um compromisso, o produtor cultural Silvio Silva, 56 anos, disse que é a favor da reclamação dos rodoviários. “São pessoas que trabalham com a coletividade, mas não têm o direito da integração com o metrô, é absurdo.”