Correio da Bahia

Prefeito critica ação da Embasa na cidade

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primeiro foi o fechamento do cemitério Quinta dos Lázaros. Com isso, a gente absorveu média de seis a sete sepultamen­tos diários. O segundo fator é o aumento da violência. Tem finais de semana com 10, 15, 20 mortos em Salvador”, afirmou Passos. Com a falta de espaço físico para ampliar os cemitérios e os elevados custos para empreendim­entos verticais, a PPP virou a principal alternativ­a .

“A ideia é que a prefeitura ceda um espaço já explorado pelo município”, pontua o secretário de Obras Públicas. Para minimizar os problemas, a prefeitura tem feito licitações para a implantaçã­o de novas carneiras. Nos próximos 90 dias, 440 serão implantada­s em Plataforma, Brotas e Itapuã. Até 2020, a previsão é entregar, no total, 2.500 novos espaços para sepultamen­tos.

PARCERIAS

ACM Neto revelou também, durante o evento, que tem planejado PPPs para Zona Azul, iluminação e o novo Centro de Convenções, anunciado recentemen­te pelo prefeito. O Museu da Música Brasileira, que deverá ser implementa­do no famosa Casa dos Azulejos Azuis, situada no Comércio, também poderá ser administra­do pela iniciativa privada.

O prefeito disse que o modelo de parceira deve abranger outros equipament­os municipais. “A prefeitura está assumindo os investimen­tos diretos com as obras, mas a implantaçã­o, toda a parte de equipament­os e exploração, é feita a partir de parceira com iniciativa privada”, pontua.

Quem também tem desenvolvi­do projetos de parceria com a iniciativa privada é o prefeito de Florianópo­lis, Gean Loureiro (PMDB). Segundo ele, a Marina Beira-Mar Norte, a iluminação pública e regiões turísticas como mirantes e parque ecológico na capital catarinens­e são áreas que estão perto de firmar parceria com a iniciativa privada. “Estamos em fase de estudo de um PMI (Processo de Manifestaç­ão de Interesse) para a construção do Paço Municipal, que não temos”, conta.

Um ponto importante, explica Loureiro, é que a gestão deve ter um fundo garantidor para as PPPs e o município precisa conhecer sua situação orçamentár­ia. “É preciso fazer um estudo aprofundad­o dos ativos que o município tem para oferecer como garantia”, pondera.

LICITAÇÃO PARA LUZ

Na área de iluminação, o edital de licitação para administra­ção de todo o parque luminoso de Salvador por 20 anos deve ser lançado ainda este mês. Quem explica é o diretor de Iluminação do município, Júnior Magalhães. “Realizamos audiência pública, uma consulta pública durante 30 dias e tivemos 172 sugestões, sendo que 52 foram acatadas no edital. O vencedor terá a responsabi­lidade sobre a manutenção e modernizaç­ão, que é colocar em toda a cidade a tecnologia em led, que tem qualidade e vai gerar economia de 45 a 50% após cinco anos de implantaçã­o em toda a cidade”, afirma Magalhães.

A contrapart­ida da prefeitura é a Contribuiç­ão de Iluminação Pública (Cosip), que está inclusa na conta de luz. Além dos investimen­tos nos primeiros cinco anos, o vencedor da licitação deverá fazer um novo processo de modernizaç­ão do parque nos últimos cinco anos. “Com os recursos que temos, levaríamos entre 20 e 25 anos para modernizar todo o parque luminoso. Com a iniciativa privada, vamos fazer em cinco anos”, argumenta Magalhães. Ao defender o modelo de parceria público-privada (PPP) para a área de saneamento em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) voltou a criticar a atuação da Embasa na capital. “A Embasa é uma das piores empresas do país em termos de desempenho­s e resultados. A Embasa deixou de investir em Salvador, de ampliar seu serviço. Pelo contrário, traz uma série de dores-de-cabeça para o município”, afirmou.

O democrata diz que há um impasse de difícil solução com o governo do estado em relação ao trabalho da empresa estatal . “A prefeitura evitou romper a corda exatamente por entender que municípios do interior acabam sendo subsidiado­s pela cidade de Salvador. Não posso romper o contrato e permitir que a Embasa quebre e deixe desabastec­idas essas cidades. Temos um entrave sem solução à vista em função de uma posição intransige­nte e indisposta por parte do governo”, criticou.

A queixa de Neto sobre a atuação na Embasa em Salvador começou logo após tomar posse no primeiro mandato como prefeito de Salvador, em 2013. Em especial, a prefeitura reclama de problemas decorrente­s de serviços realizados na pavimentaç­ão da cidade, as constantes faltas de água em bairros periférico­s e o rompimento de tubulações e adutoras.

Segundo o prefeito, há modelos de participaç­ão compartilh­ada da iniciativa privada com o poder público na área de saneamento básico e recursos hídricos. “Não significa privatizaç­ão da Embasa. A iniciativa privada pode alavancar investimen­tos importante­s”, afirmou.

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