Federação de policiais federais elogia nomeação
relação com o ex-presidente José Sarney. Nos bastidores, Fernando Segóvia era visto ainda como o nome que o PMDB queria indicar para a vaga de Daiello.
Segóvia assumiu a Superintendência da Polícia Federal no Maranhão em agosto de 2008. Entre as Operações conduzidas por ele, estão a Rapina III, que prendeu 24 pessoas envolvidas em um esquema de fraudes em contratos públicos de saúde e educação, que agiam em três cidades no estado.
Durante um ano e meio de investigações, os agentes apuraram desvio de R$ 30 milhões dos cofres públicos. A operação da PF atingiu três municípios onde as fraudes teriam ocorrido - Imperatriz, Ribamar Fiquene e Senador La Rocque - e também a capital, São Luís.
Ontem, após encontro de Torquato Jardim e do presidente Michel Temer com Fernando Segóvia, o Ministério da Justiça emitiu nota oficial confirmando a troca no comando da PF. No texto, havia ainda um breve currículo do novo diretor-geral.
“Segóvia é advogado formado pela Universidade de Brasília e tem 22 anos de carreira. Ele foi superintendente regional da PF no Maranhão e também exerceu a função de adido policial na República da África do Sul. Vale ressaltar sua atuação em diferentes funções de inteligência para o resguardo das fronteiras do país”, diz a nota do MJ. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) elogiou a nomeação do delegado Fernando Segóvia ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF), anunciada ontem.
Segundo a entidade, "trata-se do nome que reunia mais condições de assumir a função pelos próximos anos, entre os cotados".
O texto também ressalta que o novo diretor-geral da PF "tem aprovação de todas as entidades de classe que representam servidores da carreira" e já teria demonstrado interesse em ampliar o debate com os policiais federais.
Também em nota pública, outras quatro entidades de policiais federais manifestaram apoio à indicação de Segóvia para o cargo. "O DPF Fernando Segóvia tem extensa folha de serviços bem prestados à instituição Polícia Federal", diz a nota assinada pela Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais, Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), principal e mais influente entidade da categoria, divulgou nota em separado, na qual deseja "sorte e sucessão" ao novo diretor-geral.