Correio da Bahia

Polícia colombiana apreende mais de 13 toneladas de cocaína pura

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COMBATE AO TRÁFICO A polícia colombiana apreendeu, ontem, 13,3 toneladas de cocaína pura, pertencent­es ao Clã do Golfo, maior organizaçã­o criminosa do país. A droga, quantidade recorde entre todas as apreensões já feitas na Colômbia, foi levada para o departamen­to de Antioquia. O anúncio da apreensão foi feito pelo próprio presidente do país, Juan Manuel Santos. Ao todo, 400 homens da Direção Antinarcót­ico da polícia colombiana participar­am da Operação Lourdes, que incluiu um ataque aéreo simultâneo em quatro fazendas que produziam a droga. A cocaína estava guardada em caixas enterradas e, segundo as investigaç­ões, a droga era vigiada por integrante­s do Clã do Golfo. A apreensão das 13 toneladas de cocaína representa­ram um “duro golpe nas organizaçõ­es criminosas que atuam no tráfico”, afirmou o general Germán López Guerrero, diretor de Saúde do Exército Colombiano. O valor da apreensão foi estimado em US$ 360 milhões, cotação a partir do preço de mercado da droga nos Estados Unidos. Segundo as autoridade­s locais, as chamadas “bandas criminais”, nome dado aos grupos de narcotráfi­co do país, operam em 27 dos 31 departamen­tos (equivalent­es aos estados da federação, no Brasil). O Clã do Golfo surgiu de remanescen­tes de milícias armadas de extrema direita que atuavam no país no auge da guerrilha. “Foi uma operação muito importante para o nosso país e que tem que ser tratada como uma operação de legitimida­de, pois, no momento em que estamos em um processo de negociação de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucion­árias da Colômbia, grupo guerrilhei­ro que está em processo de desmilitar­ização) surgem outros atores que afetam muito a segurança do país, que são as bandas criminais, e golpeá-las é uma mensagem para todo o mundo do nosso compromiss­o como país, como forças militares e polícia”, disse o general López Guerrero. Ainda de acordo com o general, apesar de a apreensão ter sido realizada no interior do país, a ação pode trazer consequênc­ias positivas para as zonas de fronteira colombiana­s, inclusive com o Brasil.

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