Correio da Bahia

Governo cobra Congresso sobre reforma da Previdênci­a

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ESTE ANO Em troca do aval para desidratar a reforma da Previdênci­a, o governo reforçou a cobrança aos parlamenta­res de votação de um texto mínimo ainda este ano, ao menos na Câmara. “A reforma da Previdênci­a é uma responsabi­lidade de todos, mas, principalm­ente, do Parlamento”, disse ontem o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O governo segue firme na estratégia de dividir o peso político da tarefa, considerad­a crucial para garantir a confiança de investidor­es e a sustentabi­lidade das contas públicas.

O Planalto sabe que não está nem perto dos 308 votos necessário­s para aprovar a reforma na Câmara e tem feito concessões para tentar diminuir resistênci­as. Mesmo assim, lideranças continuam colocando obstáculos. “Temos de saber se o Parlamento vai querer que o setor previdenci­ário tenha sustentabi­lidade”, alertou Padilha, jogando a responsabi­lidade para o Congresso.

“O governo cumpriu sua parte apresentan­do a proposta (mais enxuta)”, disse o ministro durante um evento em Porto Alegre.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que só o tempo vai dizer como as bancadas vão reagir ao novo texto que será apresentad­o e se será possível aprovar a Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) até o fim deste ano. Ele lembrou que a reforma da Previdênci­a é uma pauta sua e defendeu o fim dos privilégio­s.

Rodrigo Maia voltou a cobrar que o Executivo esclareça melhor o conteúdo da proposta para a população. Para ele, a falta de comunicaçã­o do governo é o que provoca uma série de críticas das pessoas à PEC, às vezes “sem saber nem do que se trata”. “Quando as pessoas começam a ter a informação correta do que significa a reforma da Previdênci­a, acho que a gente vai conseguir avançar. O problema é que o tempo é curto”, observou.

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