Protesto em defesa de rio em Correntina reúne milhares
MANIFESTAÇÃO Milhares de pessoas de cidades da região Oeste da Bahia foram às ruas de Correntina, a 914 km de Salvador, ontem, para uma manifestação em defesa da Bacia do Rio Corrente, composta por 15 rios, seis riachos e cinco córregos. O protesto acontece nove dias após a invasão e destruição de equipamentos nas fazendas da empresa agrícola Igarashi. Segundo a força tarefa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, criada para investigar o crime, ao menos 8 mil pessoas estavam na manifestação de ontem. Já os organizadores do evento disseram que mais de 12 mil pessoas das cidades de Correntina, Santa Maria da Vitória, São Desidério, Baianópolis, Barreiras, Santana, Bom Jesus da Lapa, Sítio do Mato e outras foram às ruas. Participam lideranças políticas da região, como deputados e prefeitos, e religiosas, como o bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa, dom João Santos Cardoso. A manifestação teve início às 7h30 e foi encerrada às 12h, depois de percorrer ruas centrais da cidade e margear o Rio das Éguas, que corta a cidade de 33 mil habitantes e é um dos que fazem parte da Bacia do Rio Corrente. Acompanhado por cerca de 300 policiais, entre civis e militares, o protesto foi pacífico e não foram registrados conflitos. Um helicóptero da Polícia Militar acompanhou toda a manifestação. Delegada integrante da força tarefa da SSP-BA responsável por investigar a destruição das propriedades, Núncia Zaíra Pimentel disse que o papel da equipe foi apenas dar apoio para que a manifestação ocorresse sem maiores problemas. “Em nenhum momento, a polícia esteve aqui para reprimir qualquer manifestação democrática. Nos fizemos presentes para dar aos participantes a segurança necessária para a realização do ato, que é um direito de todo cidadão”, declarou ela, que investiga o caso com o delegado Marcelo Calçado, titular em Correntina.