Correio da Bahia

Sete pessoas são mortas em favela na região metropolit­ana do Rio

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SALGUEIRO Sete pessoas foram mortas, na madrugada de ontem, no Conjunto da Marinha, área do complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolit­ana do Rio. Parentes de vítimas acusam a Polícia Civil pelas mortes. Segundo eles, as vítimas estavam em um baile funk quando homens chegaram em veículos blindados da corporação, atirando e causando pânico e correria. Em nota conjunta divulgada ontem, a Polícia Civil e as Forças Armadas confirmara­m que, durante a madrugada, realizaram uma operação conjunta no local, com o uso dos blindados, e que houve “resistênci­a armada por parte dos criminosos”, mas as mortes teriam ocorrido “após a ação no local” e estão sendo investigad­as.

Segundo a nota, a operação conjunta contou com três veículos blindados, os chamados caveirões: um da Coordenado­ria de Recursos Especiais (Core), unidade de operações especiais da Polícia Civil, e dois do Exército.

“No local, pode-se perceber resistênci­a armada por parte de criminosos”, afirma a nota, segundo a qual foram apreendido­s um fuzil, sete pistolas, cinco carregador­es, munições, rádios-transmisso­res, drogas, celulares e vários documentos. Ainda conforme a nota, a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo investiga as mortes das sete pessoas “após a ação no local”. A perícia foi realizada e os corpos foram encaminhad­os ao IML de São Gonçalo para identifica­ção. Até a noite de ontem, seis vítimas haviam sido identifica­das: Marcelo da Silva Vaz, de 31 anos, Victor Hugo Coelho, de 28 anos, Luiz Américo da Silva de 46 anos, Josué Coelho, de 19 anos, Lorran de Oliveira Gomes, de 18 anos, e Márcio Melanes Sabino, de 21 anos.

Sabino morava no Conjunto da Marinha e deixou uma filha de 3 anos. “Quando soube que alguma coisa tinha acontecido no Salgueiro corri com meu marido de carro para lá e, quando fui me aproximar do corpo do meu filho, um policial disse que se nós não saíssemos de lá, ele ia dar um tiro na nossa cara. Disse para nós sairmos de perto porque ia haver perícia. Eles estavam xingando todo mundo que passava”, contou ao jornal O Globo a mãe de Márcio, Joelma Melanes, de 38 anos. Parentes dos mortos relataram que homens chegaram em veículos blindados da Core, interditar­am ruas e atiraram contra as vítimas. Pelas redes sociais, pessoas relataram a chegada da polícia e os disparos feitos.

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Agentes das forças de segurança pública estão realizando operações no Salgueiro desde o início da semana

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