Pedra no caminho
A expectativa era imensa. Mirando a Libertadores, o Bahia enfrentou o desfalcado Atlético Mineiro, adversário direto na briga por vaga na competição, e ficou com um gosto amargo na boca. O tricolor saiu perdendo, chegou à virada com dois gols de Edigar Junio, mas empatou em 2x2 na Fonte Nova, ontem à tarde.
Antes da bola rolar, teve arrastão tricolor, empolgação e muita festa. Os quase 30 mil pagantes ainda se preparavam para esquentar o jogo quando Robinho, sem cerimônia, calou o estádio por alguns instantes e abriu o placar aos 4 minutos. O gol nasceu após uma jogada de velocidade de Valdívia, que deixou todo mundo para trás e achou Robinho. Ele tirou de Jean com um chute alto no gol: 1x0.
O Bahia teve maior volume de jogo na primeira etapa. Após sair atrás do marcador, o tricolor tentou o empate em cobrança de falta de Juninho e chute de fora da área de Allione, mas a chance clara saiu dos pés de Mendoza, que perdeu um gol inacreditável.
Aos 35, Zé Rafael mandou um lindo lançamento para o colombiano, que partiu em velocidade e, cara a cara com Victor, chutou para fora e perdeu um gol feito. Apesar das jogadas criadas, aquela seria a única chance clara de gol do Bahia no primeiro tempo.
Na volta para a segunda etapa, o Bahia mostrou que não estava disposto a perder pontos preciosos em casa. Com Bahia Jean; Eduardo, Tiago, Thiago Martins e Juninho Capixaba; Renê Júnior, Juninho; Allione (Régis), Zé Rafael (Vinícius) e Mendoza; Edigar Junio Técnico Carpegiani
Atlético-MG Victor; Bremer, Roger Bernardo, Matheus Mancini e Fábio Santos; Yago (Marlone), Elias, Otero (Luan), Valdívia (Gustavo Blanco) e Robinho; Rafael Moura Técnico Osvaldo de Oliveira
Estádio Fonte Nova
Gols Robinho, aos 4 minutos do 1º tempo, Edigar Junio, aos 9 e aos 18 minutos do 2º tempo, e Robinho, aos 28
Cartão amarelo Zé Rafael; Matheus Mancini, Otero, Luan e Valdívia Público 29.769
Renda R$ 917.391,00
Árbitro Raphael Claus, auxiliado por Daniel Paulo Ziolli e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (trio de São Paulo) apenas dois minutos, Allione chegou bem pela esquerda e tocou para Mendoza, que mandou um chute pelo lado de fora da rede e assustou o Galo.
O Bahia pressionou, pressionou e chegou lá. Aos 5, Edigar Junio desviou a bola após cobrança de escanteio e ela passou pertinho do gol. Dois minutos depois, Zé Rafael caiu após choque com Bremer e o árbitro marcou pênalti.
Em ótima fase, Edigar Junio partiu para a cobrança, sem chances para o goleiro Victor, e empatou. Parou por aí? Que nada. Aos 18, o tricolor conseguiu a virada com Edigar, que aproveitou cobrança de falta de Juninho e desviou de cabeça para o fundo do gol. Agora, o atacante tem nove gols nos últimos oito jogos. Artilheiro do time no Brasileirão, ele chegou ao 11º gol.
Quando a torcida tricolor fazia a festa, lá veio ele novamente para estragar tudo: Robinho. Aos 28, Luan fez um lançamento na medida, Tiago olhou a bola passar e parar com Robinho, que dominou e, sem deixar a bola cair, mandou um chute de primeira no fundo do gol de Jean. Tudo igual: 2x2. As duas equipes ainda arriscaram, sem sucesso.
Edigar brilha, mas Robinho também, e Bahia empata com Galo na Fonte
G7 MAIS PRÓXIMO
Com o resultado, Bahia e Galo chegam a 46 pontos, com o tricolor em nono lugar e o alvinegro em décimo. Apesar da frustração, a distância para o Flamengo, que está em sétimo e fecha a zona de classificação para a Libertadores, diminuiu de cinco para quatro pontos porque o time carioca perdeu do Palmeiras por 2x0. O Vasco, em oitavo, tem 49 pontos.
O Bahia volta a campo quinta-feira, contra o Santos, às 20h, na Fonte Nova. Até o fim do Brasileirão, ainda enfrentará Sport (fora), Chapecoense (casa) e São Paulo (fora).