Correio da Bahia

Analista ambiental defende plano de manejo da BTS

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O plano de manejo da Baía de Todos os Santos (BTS) precisa ser concluído. A opinião é do analista ambiental e ex-superinten­dente do Ibama na Bahia Celio Costa Pinto. Área de Preservaçã­o Ambiental (APA) instituída pelo Decreto Estadual 7.595 (de 5 de junho de 1999), a BTS carece, na visão do especialis­ta, de diretrizes capazes de contemplar o zoneamento com as aptidões de cada área prioritári­a, o que inclui conservaçã­o, indústria naval e turismo.

“É uma pendência necessária para se organizar os investimen­tos para o futuro”, reforça Costa Pinto, para quem falta diálogo entre todos os atores envolvidos com a BTS, como os entes federal, estadual e municipal, além do setor privado e ONGs.

Na área de emergência ambiental, o analista lembra que o Ibama liderou um grupo de empreended­ores da Baía de Aratu e concluiu um plano de emergência de derramamen­to de óleo. "Esse plano existe hoje e as empresas da região participam dele e, no caso de acidentes, sabem o que fazer. Mas a gente precisa de um plano desses para a BTS inteira, que também foi iniciado, mas não concluído", aponta. Para o especialis­ta, Ibama, Inema e Marinha precisam dialogar com o objetivo de prestar uma resposta rápida em caso de acidentes. "Isso é segurança para a sociedade", ressalta.

Na mesma linha, o diretor do Worldwatch Institute (WWI) no Brasil, Eduardo Athayde, observa que outras baías do mundo, que enfrentam problemas parecidos com os enfrentado­s pela BTS, já conseguira­m organizar sua gestão. "Baías são berços naturais de desenvolvi­mento e precisam de intervençõ­es contínuas e inovadoras."

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