Correio da Bahia

Secretário no ES assume diretoria que comanda a Lava Jato da PF

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NOVO COMANDO O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, confirmou ontem a nomeação do delegado Eugênio Ricas para a Diretoria de Combate ao Crime Organizado da corporação. Ricas, que vai assumir a diretoria responsáve­l pela coordenaçã­o das delegacias que tocam operações anticorrup­ção, como é o caso da Lava Jato, ocupa atualmente o cargo de secretário estadual de Controle de Transparên­cia do Espírito Santo, no governo de Paulo Hartung (PMDB). O convite de Segóvia ao delegado foi feito ontem, em Vitória, durante reunião na sede do governo estadual. Segóvia e Ricas já trabalhara­m juntos na Superinten­dência da PF no Maranhão, entre 2008 e 2011.

“A PF, como um todo, foi unânime, de Norte a Sul do país, em aclamar o nome dele”, disse Sagóvia.

Ricas afirmou que sua missão será ampliar o combate à corrupção. Segundo ele, a diretriz foi determinad­a por Segóvia. Questionad­o sobre o desafio de assumir a condução de ações da Lava Jato, Ricas disse que, “independen­temente do batismo da operação”, o importante é ampliar o trabalho. “O próprio diretor-geral falou que a corrupção no Brasil é um problema sistêmico e, em razão disso, temos que fazer esse trabalho no país inteiro. Não só limitado a uma Lava Jato, mas combater a corrupção de maneira integrada em todo o país”, afirmou.

“Lava Jato é uma instituiçã­o dentro da Polícia Federal. Não tem como estancar uma instituiçã­o. A nossa missão é intensific­ar ainda mais os trabalhos que são feitos lá. A sociedade brasileira pode ficar tranquila com relação a isso. A nossa missão é dar mais condições, mais suporte, pra que todos os trabalhos da Polícia Federal sejam feitos. Então, a partir do momento que os fatos criminosos aparecem em outros lugares, é necessário criar outros núcleos”, garantiu Ricas.

Na cúpula da PF, Ricas vai substituir o atual diretor de Investigaç­ão e Combate ao Crime Organizado, Maurício Leite Valeixo.

Segóvia decidiu trocar também o titular da Superinten­dência Regional da PF no Paraná, que coordena as ações da instituiçã­o na Lava Jato. Para o cargo, foi nomeado justamente Maurício Leite Valeixo, que perdeu o cargo para Ricas. Ele vai substituir Rosalvo Ferreira Franco no cargo, como antecipou o jornal Valor Econômico. Eugênio Ricas deve ser exonerado do governo do Espírito Santo na sexta-feira. O delegado afirmou também que Segóvia deu “carta branca” para montar a equipe. “Vou fazer uma análise. A PF tem quadros muito bons”, disse.

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