Europa quer criar uma ação militar conjunta
APARATO BÉLICO O bloco europeu, lançou oficialmente, ontem, em Bruxelas (Bélgica) um programa de cooperação de defesa e investimento militar conjunto para o desenvolvimento de projetos que ajudem os países-membro a enfrentarem desafios em segurança. Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa do bloco assinaram um documento que lançaram as bases para uma futura união da defesa europeia. Segundo os líderes, a decisão de criar uma ‘coalisão’ de defesa visa tornar a União Europeia menos dependente dos Estados Unidos e fortalecer a cooperação entre parceiros europeus em projetos militares. Dos 28 Estados-membro da UE, apenas cinco não se inscreveram no programa conhecido como Cooperação Estruturada Permanente (Pesco, na sigla em inglês). O Reino Unido e a Dinamarca. O Reino Unido porque pretende deixar a UE em 2019 e a Dinamarca porque não participa da política europeia comum de segurança e defesa A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, disse que os países já apresentaram mais de 50 projetos conjuntos nos campos de defesa e operações militares. Ela afirmou que o Pesco, apoiado pelo fundo de defesa da UE, "permitirá que os Estados-membros ajudem a economia da Europa e, dessa forma, atinjam a lacuna de produção que temos". "É importante para nós assumir uma posição independente, principalmente após a eleição do presidente dos EUA (Donald Trump). Assim, se houver uma crise no nosso bairro, devemos ser capazes de agir", disse a ministra da Defesa alemã, Ursula van der Leyen. Com a assinatura do documento, os 23 países europeus também se comprometeram a respeitar 20 condições específicas para a sua participação na futura união de defesa, incluindo um aumento periódico das despesas militares, a participação em projetos militares conjuntos e o contributo dos soldados para a forças de reação rápida da UE. Esses últimos grupos foram criados em 2007, com o nome de Combat Groups (Grupos de Combate), mas até agora eles nunca entraram em ação.