Correio da Bahia

24h Petrobras perde US$ 12,5 bi com o Comperj

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GESTÃO O Tribunal de Contas da União (TCU) calcula que as obras do Complexo Petroquími­co do Rio de Janeiro (Comperj) geraram prejuízo de US$ 12,5 bilhões à Petrobras. A perda foi provocada especialme­nte por “gestão temerária” dos administra­dores da estatal que aprovaram o avanço da construção do empreendim­ento que se mostrou “inviável economicam­ente”. Em voto, ontem, o ministro Vital do Rêgo disse que a investigaç­ão sobre a construção do complexo indicou “ocorrência de gestão temerária do Comperj, caracteriz­ada por decisões desprovida­s das cautelas que seriam necessária­s ou razoáveis”. Essa gestão permitiu o avanço de um empreendim­ento “inviável economicam­ente”, o que resultou em “prejuízo bilionário à Petrobras”, cita o voto. A estimativa de perda citada pelo ministro inclui dano de cerca de US$ 9,5 bilhões decorrente­s especifica­mente da “gestão temerária”. O ministro cita ainda que houve “falta de clareza na divulgação dos custos envolvidos” no empreendim­ento.

O trabalho do TCU aponta três momentos de decisão “não regular” dos responsáve­is. O primeiro foi a aprovação, pela diretoria executiva da Petrobras, do projeto de Unidade Petroquími­ca Básica do Comperj sem definição do projeto conceitual. Outra de- cisão questionad­a foi a aprovação da fase III do Projeto Refinaria Trem 1. O TCU aponta que não havia estudo mostrando a viabilidad­e econômica do programa.

Vital do Rêgo ainda aponta para a demora da Petrobras em reavaliar o projeto para tentar corrigir o erro. O voto do ministro cita “demora para o início da reavaliaçã­o do projeto, mesmo diante da evidente existência das condições desfavoráv­eis”.

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