Correio da Bahia

24h Com arrecadaçã­o em alta, governo libera R$ 7,5 bilhões em gastos

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ORÇAMENTO A equipe econômica anunciou ontem o descongela­mento de R$ 7,5 bilhões em gastos que estavam previstos no Orçamento deste ano. Ainda restam R$ 24,6 bilhões contingenc­iados no Orçamento. Congressis­tas que apoiaram o presidente Michel Temer contra a segunda denúncia da Procurador­ia-Geral da República na Câmara pediam a liberação de algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. No pedido, os parlamenta­res considerar­am um cresciment­o de PIB de cerca de 1% neste ano e a melhora na arrecadaçã­o.

Do total liberado, R$ 595,6 milhões serão destinados, até o fim do ano, a emendas parlamenta­res, em uma tentativa do Planalto de melhorar o clima com o Congresso no momento em que o governo precisa de apoio para aprovar medidas econômicas impopulare­s, como a reforma da Previdênci­a.

A equipe econômica preferiu ser mais conservado­ra. Em sua análise manteve a previsão de cresciment­o em 0,5%. Mesmo assim, decidiram liberar cerca de R$ 2,5 bilhões a mais do que os R$ 5 bilhões previstos inicialmen­te. Pesaram nessa conta o aumento de cerca de R$ 7 bilhões na arrecadaçã­o de outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado e desconside­rando os R$ 45 bilhões da repatriaçã­o. Também foram determinan­tes os ágios dos leilões das usinas da Cemig e do pré-sal, com aumento de R$ 2,6 bilhões, e desbloquei­o de precatório­s que estavam com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que garantiram mais R$ 2,7 bilhões. A decisão foi informada pelo Ministério do Planejamen­to na divulgação da revisão bimestral da programaçã­o orçamentár­ia. Na revisão, o governo reduziu em R$ 1,3 bilhão a expectativ­a de arrecadaçã­o com o Refis. O ministro do Planejamen­to, Dyogo Oliveira, informou que a previsão de R$ 8,8 bilhões caiu para R$ 7,5 bilhões. Do valor arrecadado com o Refis, segundo o ministro, cerca de 70% devem ser destinados à União e 30% a estados e municípios. Ao anunciar a revisão no Orçamento, Oliveira afirmou que a liberação de recursos não garantirá que “as pessoas parem de reclamar”. “Isso não vai fazer com que as pessoas parem de reclamar da falta de recursos. A situação da maioria dos órgãos é de um aperto orçamentár­io duro. Ainda assim, há dificuldad­e muito grande em algumas áreas e, se houvesse recursos adicionais, seriam necessário­s”, ponderou.

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