Embasa diz fazer manutenção periódica
A Embasa enfatiza que, mesmo com o processo de peneiramento da Estação do Lucaia funcionando parcialmente, não está havendo “lançamento de esgoto nas praias de Salvador e não existe lançamento de lixo no oceano pelo emissário”.
O professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Eduardo Mendes afirma que, se não há o tratamento primário do esgoto, que remove sólidos grosseiros, o que acaba indo para o mar é lixo.
No relatório de junho de 2016, a Agersa afirma que as etapas de baixo recalque, de- sarenador e peneiramento deixaram de funcionar. Com isso, resíduos abaixo de 25 mm não estão sendo filtrados e, consequentemente, estão sendo lançados no oceano.
“(Sem o tratamento primário) o que passa são materiais grosseiros, resíduos sólidos, mais conhecido como lixo. E é importante ressaltar que o chamado esgoto doméstico não é só doméstico. Além do absorvente e do papel higiênico, há resíduos de borracharia, de dentistas, de oficinas clandestinas. Todo esse lixo descartado de forma incorreta cai no esgoto e, se não há o tratamento, acaba indo para o mar”, explicou o professor da Ufba.
O emissário do Rio Vermelho está a 2,35 quilômetros da costa e é responsável por levar o material já tratado para o mar, a 27 metros de profundidade. Em nota, a Embasa afirmou que “faz manutenção nos dispersores de efluente do emissário submarino do Rio Vermelho periodicamente. Em vídeo da manutenção feita em novembro de 2015, é possível verificar que não há lançamento de lixo no oceano e que existe uma exuberante fauna e flora marinha ao longo de toda a extensão do emissário”.