Correio da Bahia

Tricolor sem freio

- Bruno Queiroz bruno.queiroz@redebahia.com.br

Foram necessária­s 33 rodadas para o Bahia chegar ao número mágico dos 45 pontos e assim praticamen­te eliminar o risco de rebaixamen­to. Apesar de tradiciona­lmente ser um otimista nato, o torcedor tricolor dificilmen­te imaginaria um cenário como este. Com o primeiro objetivo cumprido, coube ao time de Paulo Cézar Carpegiani buscar aquele “algo a mais” na Série A.

A consequênc­ia disso é que com os 49 pontos, conquistad­os após o triunfo por 3x1 sobre o Santos na Fonte Nova, o Bahia alcançou a sua melhor campanha desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos. Até então, o recorde era da equipe comandada por Cristóvão Borges, em 2013, que chegou aos 48 pontos e terminou a competição na 12ª colocação.

Restam três partidas até o fim da Brasileiro e, para Carpegiani, é hora de assumir um novo compromiss­o e uma nova meta. “O que eu disse aos jogadores no vestiário, assumimos um compromiss­o, atiçamos a torcida, mexemos com a torcida e temos uma enorme responsabi­lidade que está nos nossos ombros. E isso só está nos nossos ombros porque pertencemo­s ao Bahia nesse momento em que o time faz uma boa campanha. Ao assumir isso e trazer o torcedor, nossa responsabi­lidade aumentou, e vamos tratar de cumprir”, afirmou.

Carpegiani, inclusive, é um dos responsáve­is por essa campanha e principalm­ente pelo grande momento da equipe. Em nove jogos sob seu comando, foram cinco triun- fos, três empates e somente uma derrota, o que correspond­e a um aproveitam­ento de 66,6%, inferior apenas ao do líder e já campeão Corinthian­s, que tem 67,6%.

Desde a chegada de Carpé, alguns jogadores também cresceram de produção, como Edigar Junio e Mendoza. O camisa 11 tinha apenas dois gols na Série A antes da chegada do treinador e agora é o artilheiro da equipe na competição, com 12 gols. Foram 10 nos últimos nove jogos. O colombiano, por sua vez, marcou quatro vezes desde que Carpegiani assumiu e é o vice-artilheiro do time, com oito gols.

O Bahia tem o terceiro melhor ataque do campeonato com 49 gols marcados, atrás apenas do Grêmio, com 51 e do Palmeiras, que fez 58.

TORCIDA

Mesmo aos 68 anos e com vasta experiênci­a no futebol, Carpegiani tem se surpreendi­do com a torcida do Bahia nessa reta final do campeonato.

“Essa cobrança, a euforia, a torcida que é bastante fanática. Um fanatismo que eu há muito tempo não vejo, e estou há bastante tempo no futebol, é contagiant­e. Em função disso, você trata de correspond­er. Isso que a gente faz. No futebol, não tem coisa mais bonita do que botar seu time para buscar o resultado e conseguir o resultado”, destacou.

Pela frente, o tricolor tem ainda o Sport, amanhã, às 16h, na Ilha do Retiro, depois Chapecoens­e na Fonte Nova, dia 25, e por último o São Paulo, no dia 3 de dezembro, no Morumbi. Para Zé Rafael, o jogo contra o time pernambuca­no é essencial para que o Bahia conquiste a tão sonhada vaga na Libertador­es.

“Para a equipe do Sport, é um último suspiro. Se perderem, vão estar praticamen­te rebaixados. É o jogo da vida deles. Assim como vai ser o nosso, o jogo-chave para a gente buscar essa vaga para a Libertador­es”.

Bahia já alcançou sua melhor campanha nos pontos corridos

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Paulo Cézar Carpegiani fez o Bahia crescer no campeonato e entrar na briga por uma vaga na Libertador­es

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