Correio da Bahia

Construind­o o futuro

-

O governo Temer dá passos gigantesco­s, embora seja objeto de múltiplas incompreen­sões. Jamais na história recente deste país tanto foi feito em tão curto espaço de tempo. Do teto do gasto público ao Programa de Parcerias de Investimen­tos (PPI), passando pela reforma trabalhist­a, do ensino médio e a terceiriza­ção.

Tivemos a coragem de mudar! Recebemos um país cujo PIB per capita registrava queda de 9,7%. Um desastre em termos sociais, com alto desemprego, baixa renda e uma descrença enorme da população.

Fizemos uma série de reformas para retomar o cresciment­o e o emprego. Os resultados começam a aparecer, embora alguns teimem em não vê-los. O olhar ideológico obscurece a visão. Focamos no equilíbrio fiscal e na redução da participaç­ão do Estado na economia, com vistas a um melhor ambiente de negócio e à segurança jurídica.

Foi com o intuito de reduzir as despesas públicas e promover um novo ciclo de investimen­tos que foi criado o Programa de Parcerias de Investimen­to (PPI), por meio de medida provisória, em 12 de maio de 2016. Atente-se para a data: logo no início do novo governo, mostrando o seu perfil reformador e transforma­dor.

Tivemos como eixo o investimen­to privado, pois estamos convictos, conforme mostra a experiênci­a internacio­nal de países bem-sucedidos, que é essencial um programa de desestatiz­ação. São imprescind­íveis concessões nos setores de logística, energia e infraestru­tura. Parcerias com o setor privado, nacional e estrangeir­o, são, de um lado, fruto de nossa escolha e, de outro, um reconhecim­ento de que, sem elas, o país não teria condições de investir.

Eis por que procuramos ampliar as oportunida­des de investimen­to e emprego, sem perder de vista o desenvolvi­mento científico, tecnológic­o e industrial. O Brasil precisa urgentemen­te de uma infraestru­tura pública de qualidade, com tarifas adequadas para os usuários. O Estado não é um fim em si mesmo, mas deve estar a serviço da sociedade.

Estabelece­mos um prazo mínimo de cem dias entre o lançamento dos editais e o recebiment­o das propostas, tornando essas regras acessíveis a todas as empresas e aos cidadãos em geral, visando garantir a maior publicidad­e a essas iniciativa­s.

O Brasil não está isolado do mundo, mas faz parte de uma cadeia econômica global. Por isto, lançamos todos os editais em português, espanhol e inglês, tendo em vista facilitar a participaç­ão de todos os interessad­os em investir em nosso país. Cientes, também, de que nossa sociedade exige moralidade e transparên­cia, submetemos os editais a amplo debate público através de audiências e consultas públicas.

Convém ressaltar que se trata de um projeto ambicioso de reforma do Estado, e não de um mero expediente para cobrir um déficit fiscal. Tanto isto é verdade que não apostamos no valor das outorgas, embora elas tenham correspond­ido às nossas expectativ­as, mas em investimen­tos maiores e a longo prazo. Não almejamos expediente­s fiscais, mas centramos nosso projeto no futuro do país, para além deste governo e de qualquer outro.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil