Correio da Bahia

PÓS-MODERNA

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Americana, divorciada e feminista. Essas são apenas algumas das caracterís­ticas da atriz e escritora Meghan Markle, 36 anos, namorada do príncipe Harry, 33. Após um ano de namoro, a família real britânica anunciou ontem que eles vão se casar entre março e junho de 2018, na Primavera do Hemisfério Norte, e que vão morar em Nottingham Cottage, no Palácio de Kensington, após o casamento.

O noivado aconteceu em Londres no início do mês, mas só foi anunciado agora, através de uma nota oficial pelo perfil da Clarence House (residência da família real britânica) nas redes sociais. A Rainha Elizabeth II, avó de Harry, e outros membros próximos da família estavam sabendo de tudo desde o início e deram suas bênçãos.

Pai de Harry e William, o príncipe de Gales disse que estava “feliz em anunciar” o noivado do filho. O príncipe William e sua mulher, a duquesa Kate Middleton, felicitara­m o casal: “Tem sido maravilhos­o conhecer Meghan e ver o quão feliz ela e Harry são juntos”. Até o nascimento do terceiro filho do irmão William, Harry é o quinto na linha de sucessão - atrás de Charles, William e dos seus filhos George e Charlotte.

Assim como Kate Middleton e Diana, Meghan não ganhará oficialmen­te o título de princesa, pois não tem “sangue real”. Mas o casamento é sinônimo de avanço para a monarquia inglesa. Além de ser católica e ter três anos a mais do que Harry, ela será a primeira americana a entrar na família real britânica desde a socialite Wallis Simpson, que se casou com o rei Eduardo VIII, em 1937. Na época, porém, ele teve que abdicar do trono para ficar com a americana, que também era divorciada.

RACISMO

Conhecida por seu papel como Rachel Zane na série Suits - produzida e exibida pela Netflix – Meghan nasceu e cresceu em Los Angeles, em um bairro conhecido como “a Beverly Hills negra” e morou até há pouco tempo em Toronto, no Canadá. Mudou-se recentemen­te para Londres. Formou-se em Comunicaçã­o pela universida­de americana de Northweste­rn, em Illinois, e já participou das séries Fringe e CSI. Por três anos manteve o blog de estilo de vida The Tig, dedicado a assuntos femininos e onde participav­a de campanhas sociais e por igualdade de gênero. Hoje também é embaixador­a da ONG de ajuda humanitári­a World Vision Canada.

Filha do diretor de fotografia Thomas Markle e da assistente social e instrutora de ioga Doria Ragland, que tem origem afro-americana, a atriz já sofreu racismo várias vezes. Quando o namoro com Harry foi anunciado, inclusive, ela foi alvo de ataques na internet. Na ocasião, a família real emitiu um comunicado em nome de Harry criticando a imprensa pela “onda de abuso e assédio” e dizendo que ele estava preocupado com a segurança dela.

Em um artigo publicado na revista Elle americana em dezembro de 2016, Meghan diz que se orgulha de suas origens: “Eu sou metade negra e metade branca. (...) Minha herança miscigenad­a, por um lado, já me colocou em uma zona cinzenta no que diz respeito à maneira como eu me identifico. Mas por outro, ter um pé em cada lado dessa cerca me fez abraçar isso. Para dizer quem eu sou e de onde vim. Para expressar meu orgulho de ser uma mulher miscigenad­a forte e confiante”, escreveu.

AMOR À PRIMEIRA VISTA

Harry e Meghan se conheceram em Londres, em julho de 2016, por meio de amigos em comum. Na época, ela já era divorciada do produtor de cinema Trevor Engelson, com quem se casou em 2011.

O namoro foi confirmado publicamen­te em novembro de 2016. Mas o casal começou a namorar seis meses antes. “Sou louca por ele. Somos realmente felizes e apaixonado­s”, declarou em entrevista à Vanity Fair. Ela também disse “amar uma grande história de amor”. O príncipe confessou à BBC, ontem, que soube de primeira que a atriz era “a tal”. Ele contou que desenhou o anel de noivado de Meghan. A joia tem três diamantes sendo que dois pertencera­m a Diana: “Ela estará conosco nessa louca jornada juntos”.

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