Escolha do curso exige cuidados
as restantes, diretamente à faculdade onde irá estudar.
É importante destacar que para obter essas vantagens é necessário ser aprovado no processo seletivo das instituições, seja por vestibular ou por nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Porém, as vagas com desconto geralmente são limitadas. Em caso de reserva antecipada do desconto, a política de reembolso em caso de não aprovação ou qualquer outro motivo depende da empresa de intermediação de bolsas contratadas.
O número de vagas com abono para cada instituição não é determinado, mas geralmente a reserva é feita com base na taxa média de ociosidade de cada curso. O desconto também varia assim. Graduações mais procuradas não oferecem desconto como, por exemplo, as de Medicina. Outros cursos de maior demanda, como Direito e Engenharias, são oferecidos em poucas instituições.
MAIS DESCONTO
Além destes sites, as universidades também oferecem descontos através da pontuação no Enem ou do desempenho no vestibular. Geralmente, estas políticas não são cumulativas com outros benefícios, como bolsas do Prouni ou reduções contratadas através de outras empresas. Assim foi com a estudante de Direito Adrielle Neri, 21, que conseguiu 30% de desconto em um curso da Unjorge.
“Quando eu busquei uma universidade privada, procurei uma que coubesse no bolso da minha família. (Na Unijorge), a bolsa é proporcional ao seu rendimento, tenho 30% de desconto. Foi uma ajuda espetacular, pois o valor do curso é muito alto”, relata.
Outro exemplo é a Unifacs. que oferece 50 bolsas integrais para os 50 primeiros colocados gerais no vestibular. Quem entra usando a nota do Enem pode ganhar um desconto de 20% a 50% na mensalidade. A bonificação aumenta conforme o desempenho. A Universidade Católica do Salvador (Ucsal) também dá descontos entre 20% e 40% para quem faz pelo menos 400 pontos no Enem.
“Fiz o vestibular, fiquei entre as cinquenta melhores notas e, graças a isso, ganhei uma bolsa integral. Essa bolsa cobre os cinco anos de curso e a única exigência é que eu só posso perder em até duas matérias por semestre, mas isso nunca aconteceu. Se não fosse a bolsa seria muito mais complicado. Além da possibilidade de fazer o curso que eu queria, a bolsa me deu uma visão mais positiva em relação a faculdade particular”, diz. Direito (EAD na Estácio) R$ 234 (bolsa de 35%)
Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Cairu) R$ 286 (bolsa de 50%)
Logística (Unijorge) RS 177,84 (bolsa de 65%)
Gestão Comercial (Unijorge) R$ 177,84 (bolsa de 65%)
Administração (Faculdade 2 de Julho) R$ 395 (bolsa de 50%)
Pedagogia (Cairu) R$ 286 (bolsa de 50%)
Serviço Social (Faculdade Batista Brasileira) R$ 250 (bolsa de 54%)
História (Unijorge) R$ 250,99 (bolsa de 55%)
Gestão Financeira (Faculdade da Cidade) R$ 205,38 (bolsa de 50%)
Turismo (Faculdade Salvador) R$ 258,79 (bolsa de 50%)
Gestão de Recursos Humanos (Faculdade Dom Pedro II) R$ 185,60 (bolsa de 30%)
Letras - Português e Japonês (Unicid) R$ 109,01 (bolsa de 73%) Médico Cirurgião R$ 18.664,05
Tabelião R$ 14.431,98
Piloto de Avião Sênior R$ 14.351,07
Coordenador/Médico do Trabalho R$ 14.247,11
Coordenador de Engenharia Geológica/Cartográfica
R$ 14.011,68
Médico Ortopedista R$ 13.598,13
Médico Anestesista R$ 11.798,04
Supervisor de Engenharia de Processos R$ 11.166,42
Engenheiro de Obras Sênior R$ 10.782,48
Coordenador de Engenharia de Sistemas R$ 10.587,72 Na hora de escolher em qual curso ou qual faculdade estudar é importante levar em conta não só o preço, mas também a demanda de mercado e qualidade da insituição. A avaliação das instituições e graduações pelo Ministério da Educação (MEC) pode ser encontrada no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), através de uma busca nos indicadores Índice Geral de Cursos (IGC) e Conceito Preliminar de Cursos (CPC).
Já em relação à demanda de mercado, o futuro estudante pode se informar através da imprensa, sites de recrutamento ou conversando com profissionais da área de atuação desejada. O diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seção Bahia (ABRH Bahia), Fábio Rocha, fala que áreas tradicionais como Medicina, Direito e Engenharias continuam em alta. “São profissões que estão em transformação, mas que ainda têm muita demanda”, diz.
Outras atividades que podem levar a uma maior empregabilidade no futuro são aquelas ligadas à Tecnologia da Informação, desde as mais Bolsa 50%
Mensalidade original R$ 395,48 Com desconto R$ 197,74 comuns, como Sistemas de Informação, como outras mais raras, como as ligadas a games, Inteligência da Informação e Robótica. Sustentabilidade também é uma tendência de mercado e as empresas exigem cada vez mais profissionais com esse tipo de especialização.
Mas Fábio Rocha, que também é coach de carreiras, fala que o mais importante é a identificação do estudante com a futura profissão. “É
Bolsa 51% necessário que haja primeiro um processo de autoconhecimento. Ele precisa ter um projeto de vida e carreira em mente e ver se a profissão se adequa a ele”, indica.
O autoconhecimento também é fundamental nesse processo. Se a pessoa não souber do que gosta, não vai conseguir escolher uma profissão com base nas suas escolhas. Como exemplo, ele cita jovens que já estão no terceiro ou quarto curso porque começam a estudar e descobrem que aquilo não era bem o que queriam.
“É importante que eles conversem com profissionais que já atuam na área e vejam se é aquilo o que querem para a própria carreira. Porque a gente, quando é jovem, só imagina como é a profissão”, aponta. Porém, ele faz uma ressalva. “Todas as carreiras têm prós e contras, você precisa entender que nenhuma profissão é perfeita”, conclui.
A boa notícia é que a escolha da carreira não é algo definitivo. Rocha aponta que as novas gerações devem ter até três ciclos ao longo da vida profissional e podem se reiventar. Há a possibilidade de mudar de profissão ou o direcionamento da área em que vai trabalhar.