Correio da Bahia

24h ‘Ainda dói’, diz mãe de adolescent­e morto

- GIL SANTOS

CHEF DENUNCIADO A dona de casa Rosilândia Santos, 46 anos, mãe do adolescent­e Guilherme dos Santos Pereira da Silva, 17, morto após ser baleado no pomar do restaurant­e Paraíso Tropical, no Cabula, em abril deste ano, contou ontem que soube da denúncia do chef e dono do restaurant­e, Beto Pimentel, pela imprensa, mas disse que não ficou surpresa. Ela afirmou que a apuração do Ministério Público da Bahia (MP-BA) coincide com a versão apresentad­a pelos adolescent­es que estavam com Guilherme e testemunha­ram o crime. A vítima estava com três amigos, que, segundo a família, colhiam frutas no local quando foram abordados. Segundo a denúncia do MP-BA, Beto Pimentel ofereceu a própria arma para o funcionári­o Fabilson do Nascimento Silva, o Barriga, que, por um buraco no portão, atirou contra o adolescent­e. Beto e Fabilson, que está preso, foram denunciado­s por homicídio qualificad­o, por motivo fútil e mediante emboscada e por ocultação de cadáver. Antônio Batista responde por auxiliar na ocultação. Beto ainda foi denunciado por posse irregular de arma. A defesa de Beto informou que ele não estava no restaurant­e quando soube, por Fabilson, que o pomar havia sido invadido. O advogado Alano Frank afirmou ainda que Fabilson mudou a versão para incriminar o chef. Quando foi apresentad­o à imprensa, Fabilson afirmou que o tiro não foi vontade dele e que estava arrependid­o. O CORREIO não conseguiu contato com Antônio. Sete meses depois da morte, Rosilândia disse que ainda não conseguiu se desfazer dos objetos que pertenciam ao filho. “A gente não vai conseguir superar isso tão cedo. Ainda dói. Sinto falta do meu filho e a saudade é muito grande. As coisas dele estão guardadas, como uma lembrança. A versão do Ministério Público é muito parecida com a dos amigos que estavam com o meu filho. Sentimos que agora está começando a ser feita a justiça”, afirmou. A mãe contou que a família está fazendo algumas camisas com a foto de Guilherme e que vai pressionar pelo julgamento do caso.

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Guilherme tinha 17 anos

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