Correio da Bahia

Desemprego cai graças às vagas criadas no mercado informal

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PNAD Apesar da melhora recente no mercado de trabalho, o Brasil ainda contava com 12,740 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE) ontem.

Desde que o emprego começou a dar sinais de melhora, no trimestre encerrado em abril, o país já registrou a abertura de 2,3 milhões de novos postos de trabalho. O aspecto negativo, segundo o IBGE, é que quase a totalidade das vagas foi criada na informalid­ade. Foram abertas apenas 17 mil vagas com carteira assinada. No setor privado foram 721 mil contrataçõ­es informais. Também houve alta no trabalho por conta própria (676 mil). O resultado de outubro mostra que em um ano, o número de desemprega­dos aumentou em 698 mil, o equivalent­e a um aumento de 5,8%. Por outro lado, o total de ocupados cresceu 1,8%, o equivalent­e à criação de 1,662 milhão de postos de trabalho. A taxa de desemprego passou de 11,8% no trimestre até outubro de 2016 para 12,2% no trimestre encerrado em outubro de 2017. Em outubro, o país tinha 230 mil brasileiro­s a menos na inatividad­e, em relação ao patamar de um ano antes. O recuo na população que está fora da força de trabalho foi de 0,4% ante o mesmo período de 2016. O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,2% no trimestre terminado em outubro. A construção cortou 161 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pnad Contínua. O total de ocupados na atividade encolheu 2,3% no trimestre até outubro de 2017 ante o mesmo período de 2016. Também houve corte de vagas no setor de agricultur­a, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultur­a, com menos 419 mil empregados, um recuo de 4,7% no total de ocupados. Na direção oposta, a indústria criou 290 mil vagas no período de um ano, uma alta de 2,5% no total de ocupados no setor no trimestre encerrado em outubro ante o mesmo trimestre de 2016, segundo o IBGE. O comércio contratou 392 mil empregados, alta de 2,3% na ocupação no setor.

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