24h Temer e Alckmin trocam afagos e não definem desembarque do PSDB
ALIANÇA No lugar da decisão persistiu a dúvida. E possíveis justificativas deram lugar a afagos. A agenda política reservara o dia de ontem para um acerto de contas entre o PSDB do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o governo federal controlado pelo PMDB do presidente Michel Temer. A saída dos tucanos do governo já foi decidida, no entanto, ainda falta definir a forma com ela se dará. Era esperado que o roteiro do desembarque fosse definido na conversa entre Alckmin e Temer, que foi entregar obras do Minha Casa Minha Vida no interior de São Paulo. Porém, diante dos cenários eleitorais do ano que vem, nada ficou estabelecido. “Foi uma conversa de dois silenciosos”, descreveu o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco. “São duas pessoas que cultivam o silêncio”. “Só falaram de amenidades”, completou.
Em entrevistas, Temer - que não descarta o apoio do governo a um candidato tucano e precisa dos votos do partido para aprovar a reforma da Previdência - disse que o desembarque do PSDB será “de modo cortês e elegante”. “Será uma coisa cortês e elegante. Como do meu estilo e do governador. Eu tenho certeza que o PSDB deu uma grande colaboração ao governo. Nós temos um ano e meio, o PSDB esteve presente um ano e meio, aliás em ministérios de grande porte”, disse. Já Alckmin, que vai precisar do tempo de TV do PMDB na disputa presidencial, pediu, em um primeiro discurso, “entendimento” ao presidente Temer. “A boa política é buscar entendimento. Entendimento para resolver os problemas do Brasil e melhorar a vida das pessoas”. Em um segundo discurso, o tucano afirmou: “Nós precisamos dar a mão, fazer parceria em benéfício do Brasil”.