Correio da Bahia

Governo tenta última cartada para reformar a Previdênci­a

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ARTICULAÇíO Apesar das evidentes dificuldad­es em obter os 308 votos necessário­s para aprovar a reforma da Previdênci­a, o governo dará uma última cartada para tentar votar a proposta ainda em 2017. Hoje, o presidente Michel Temer deve receber um grupo de parlamenta­res em almoço no Palácio da Alvorada. À noite, ele vai participar de um jantar com presidente­s de partidos da base aliada e ministros na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Se houver condições, a ideia é pautar a proposta para ser votada na Câmara no dia 13. O segundo turno ocorreria no dia 20 de dezembro. Para convencer os parlamenta­res sobre a necessidad­e de aprovação da reforma, o governo está distribuin­do tabelas que mostram a deterioraç­ão fiscal do país caso as regras para a aposentado­ria não sejam modificada­s. Segundo o documento, sem a reforma, as áreas de saúde e educação deixarão de receber recursos, gradativam­ente, nos próximos anos. A estimativa é que em 2028 o governo não terá mais como pagar os gastos de custeio nem fazer investimen­tos nessas áreas. Em 18 anos, haverá dificuldad­e até para honrar os benefícios do INSS e de assistênci­a social. As tabelas mostram que as despesas não caberão mais dentro do limite máximo de gastos do governo previsto na Constituiç­ão. No cenário sem a reforma, só caberão dentro do limite do teto os gastos com Previdênci­a e assistênci­a, os salários do funcionali­smo e uma parte dos gastos com abono e seguro-desemprego. Já com a reforma, os gastos com aposentado­rias e benefícios assistenci­ais cresceriam menos, o que permitiria acomodar dentro do teto outros itens de despesa do governo.

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