Correio da Bahia

24h Gás de cozinha terá nova regra de reajustes

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PETROBRAS Na mesma semana em que anunciou o oitavo reajuste do preço do botijão de gás em 2017, a Petrobras decidiu rever a política de preços para o combustíve­l. Em nota, a estatal alega que a metodologi­a atual traz para o Brasil a volatilida­de do mercado europeu e que o objetivo agora é suavizar os impactos do modelo de acompanham­ento dos preços internacio­nais. Em junho, a petroleira decidiu adotar uma política de reajustes mais frequentes para o gás de cozinha, o que fez o preço do botijão de gás de 13 quilos, o mais utilizado nas residência­s brasileira­s, disparar e contabiliz­ar uma alta de 68%. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, a alta chega a 84%.

Para o consumidor, no entanto, o ajuste foi um pouco menor, explica o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. “O impacto para o consumidor é menor, mas não deixa de ser relevante, o botijão de gás representa 1% da renda familiar, e os ajustes da Petrobras já correspond­em a quatro vezes a inflação”, explicou. De janeiro a junho de 2017, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Brasil da FGV mediu inflação de 12,2% para o botijão de gás de 13 quilos, um impacto forte na renda das famílias em tempos de inflação no patamar de 3%. A Petrobras não informou qual será a nova metodologi­a, mas disse que a mudança se limita ao botijão de 13 quilos e que já foram fixados alguns parâmetros. Por exemplo, a correção do preço não deverá mais ser mensal. Com isso, evita-se a incorporaç­ão de aumentos de preços do gás no mercado internacio­nal, sujeitos a grandes variações no curto prazo. Não está claro ainda se a nova regra em estudo vai implicar, em algum momento, na reversão dos aumentos já praticados. Mas, provavelme­nte, seus efeitos serão diluídos ao longo do tempo. “A correção aplicada esta semana foi a última realizada com base na regra vigente”, disse a estatal.

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