Correio da Bahia

Câmara proíbe financiame­nto total por candidatos

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QUEDA DE VETO O Congresso Nacional derrubou ontem veto do presidente Michel Temer à reforma política que liberava o autofinanc­iamento irrestrito de campanha. Com isso, candidatos às eleições terão mais dificuldad­e para custear totalmente os seus gastos eleitorais. A matéria segue para promulgaçã­o.

Com a derrubada do veto, não há consenso sobre os limites para o autofinanc­iamento. Alguns deputados e senadores entendem que os candidatos serão enquadrado­s nas regras de pessoas físicas, que podem doar até 10% dos seus rendimento­s brutos do ano anterior, dentro dos limites estabeleci­dos para cada cargo. Técnicos do Congresso, no entanto, avaliam que a falta de um trecho específico para a autodoação gera uma inseguranç­a jurídica. Nesse caso, caberia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir a regra. Outro ponto de divergênci­a é sobre quando as novas regras passarão a valer, já que a matéria será promulgada a menos de um ano do período eleitoral. A maioria dos parlamenta­res entendeu que, se o veto fosse mantido, a legislação beneficiar­ia os candidatos ricos. Em 2016, a regra beneficiou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele doou a si mesmo R$ 4,4 milhões, o que represento­u 35% do total arrecadado pela sua campanha.

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