Correio da Bahia

24h Fachin pede investigaç­ão sobre supostas ameaças de Lúcio a Calero

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RENÚNCIA DE GEDDEL O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ontem para a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, um pedido de investigaç­ão da Procurador­ia-Geral da República (PGR) para apurar se o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) fez ameaças ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. As ameaças do deputado contra Calero teriam sido feitas em função do episódio que levou à renúncia do irmão de Lúcio, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), do cargo de ministro da Secretaria de Governo, em maio. Na época, Calero deixou o governo após reclamar de ingerência­s de Geddel, então ministro da Secretaria de Governo, que pressionav­a pela liberação, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de obra do empreendim­ento La Vue, situado em um bairro histórico de Salvador, no qual teria um apartament­o. O pedido de investigaç­ão sobre as ameaças foi feito pela procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, dentro do inquérito que apura os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendido­s pela Polícia Federal em um apartament­o em Salvador, atribuídos à família Vieira Lima. Fachin entendeu que a suposta ameaça de Lúcio Vieira Lima a Calero, no entanto, não estaria associada ao caso dos R$ 51 milhões. Caberá a Cármen Lúcia agora decidir se redistribu­i, por sorteio, o pedido de nova investigaç­ão contra Lúcio. Na mesma decisão, Fachin negou o pedido da defesa de Geddel Vieira Lima para ter acesso ao número telefônico da fonte que denunciou à polícia o “bunker” com R$ 51 milhões, em Salvador. O indeferime­nto por parte do ministro foi feito na última quarta-feira, 13, e publicado ontem no sistema da Corte. A solicitaçã­o do ex-ministro foi feita em novembro. Geddel ainda requisitav­a a identidade do agente policial que recebeu o contato. Para o ministro, os pedidos devem ser analisados posteriorm­ente pela Polícia Federal.

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