Luislinda tentou recorrer a Dodge para ter supersalário
MINISTRA Com o pedido negado pela Casa Civil, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, tentou recorrer à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para receber o pagamento pelos cofres públicos de pelo menos R$ 300 mil. Em solicitação, cuja cópia foi obtida pela Folha de S. Paulo, por meio da Lei de Acesso à Informação, a ministra requereu ao presidente Michel Temer que consultasse a procuradora-geral e a ministra-chefe da AGU (Advocacia-Geral da República), Grace Mendonça, sobre a solicitação. O pedido foi enviado no dia 16 de outubro, 13 dias após ela ter solicitado o recebimento de valor retroativo da quantia que foi abatida pelo teto constitucional do acumulado de seu vencimento integral com a aposentadoria de desembargadora pela Bahia. Procurada ontem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que não tinha condições de responder se o pedido chegou a ser encaminhado pela Presidência da República. A assessoria de imprensa da ministra não respondeu à reportagem. Após a polêmica, Luislinda desistiu do procedimento. Na solicitação, ela alegava que o trabalho executado sem a correspondente contrapartida “se assemelha a trabalho escravo”. O episódio desgastou sua imagem, o que levou o presidente a procurar uma substituta para ela.