Fim da neutralidade nos EUA pode impactar internet no Brasil
REDE EM RISCO A decisão da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) de revogar a neutralidade de rede no país pode ter repercussões também no Brasil.Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, lamentou a decisão no Twitter. Enquanto isso, empresas de telecomunicações brasileiras discutem a flexibilização da neutralidade de rede no país, garantida pelo Marco Civil da Internet. Em nota, o Sindicato Nacional de Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) defendeu a flexibilização das regras para garantir o que chamou de “neutralidade inteligente”. Aprovada em 2015, durante a gestão de Barack Obama, a neutralidade nos EUA foi derrubada em votação ocorrida na quinta-feira. A regra impedia provedoras de acesso à internet de tratar de forma discriminatória os dados que circulam em suas redes, de bloquear sites, de piorar ou retardar conexões intencionalmente e de priorizar serviços e informações de parceiros. Sem a neutralidade, as operadoras poderão adotar essas práticas, estando autorizadas, por exemplo, a vender pacotes diferenciados como ocorre com a TV por assinatura. No Brasil, o Marco Civil da Internet elenca a neutralidade de rede como um de seus princípios, mas empresários do setor querem uma legislação mais branda.