Correio da Bahia

Além de doenças comuns, calor da estação pode levar à morte

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A Sociedade Brasileira de Dermatolog­ia (SBD) orienta que as pessoas usem filtro solar de acordo com a cor da pele. Como a melanina é mais presente em pessoas de pele mais escura, o risco de ter problemas por causa da incidência do sol é maior em pessoas brancas.

“Pessoas de pele negra ou parda podem usar filtros solares com fator 30, por exemplo, mas nunca abaixo disso, pois podem ter problemas. Já as que têm a pele um pouco mais clara, pessoas brancas, devem usar filtro fator acima de 50”, disse o médico da SBD, Curt Treu.

Outra recomendaç­ão é com relação ao uso de roupas que também protegem a pele, servindo como filtro. “Elas realmente protegem, mas as pessoas esquecem de que outras partes, como pés e rosto, ficam de fora. Atendo vários casos de queimadura nos pés, por exemplo”, completou o dermatolog­ista.

A SBD também lembra que o sol causa câncer da pele, tumor maligno mais frequente da humanidade, que pode levar à morte. Os diferentes subtipos de câncer da pele apresentam caracterís­ticas clínicas próprias e particular­idades quanto aos fatores de risco.

De forma geral, os indivíduos mais suscetívei­s ao desenvolvi­mento desses tumores são aqueles de pele clara, acima dos 50 anos, com certas doenças que levam à depressão da imunidade, histórico familiar de câncer da pele, ou que se expõem ao sol de forma intensa e desprotegi­da.

Por essa razão, a SBD recomenda além da vigilância quanto a alterações da pele, atitudes que minimizem a intensidad­e de exposição ao sol, como o conhecimen­to dos horários de maior intensidad­e de radiação solar (10h-15h), o índice ultraviole­ta da sua região, o uso de roupas e chapéus que protejam da irradiação direta do sol e, nas áreas descoberta­s da pele, o uso do filtro solar.

A adoção de práticas que minimizem a intensidad­e da exposição solar reduz em até 50% a chance de desenvolve­r um câncer de pele em indivíduos de risco (que se expõem mais à radiação), sendo considerad­os equipament­os de proteção individual obrigatóri­os em profissões expostas ao sol.

As radiações ultraviole­tas oriundas do sol, além de promover o câncer, favorecem queimadura­s solares, catarata, degeneraçã­o da retina, manchas, alterações na espessura e enrugament­o da pele.

As estratégia­s de proteção solar previnem de forma eficiente todos esses processos. A SBD orienta que a educação ligada à exposição solar seja incentivad­a desde a infância.

No Brasil, a produção e comerciali­zação dos filtros solares são regulament­adas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou o uso de 33 ativos para a composição dos produtos baseada em estudos de segurança e eficácia.

Nenhum desses ativos, até o momento, demonstrou em humanos risco de câncer ou ganho de peso.

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