Dois suspeitos presos confessam participação em morte de prefeito
MATO GROSSO As forças de Segurança Pública do Mato Grosso prenderam ontem dois dos três suspeitos de executar o prefeito da cidade de Colniza, Esvandir Antônio Mendes (PSB), segundo informações publicadas pelo versão online do jornal Folha de S.Paulo. De acordo com informações fornecidas ao jornal pela Polícia Civil, o assassinato se deu por conta de uma dívida. O delegado Caio Álvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, afirmou à Folha que os suspeitos Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva teriam confessado o assassinato. Segundo o delegado, a dupla disse ter sido arregimentada por Antônio Pereira Rodrigues Neto, suspeito de ser o mandante e de também ter participado do assassinato. Rodrigues Neto já havia sido preso no sábado. O prefeito, de acordo com as investigações, tinha uma dívida com o suposto mandante, que é morador de Colniza e empresário do ramo de combustível e táxi aéreo. Ele permaneceu em silêncio durante o interrogatório, informou a Folha. Todos os três foram indiciados por homicídio qualificado e devem responder ainda por tentativa de homicídio qualificado. No ataque, um dos secretários do município de Colniza, Admilson Ferreira dos Santos, foi baleado, mas escapou com vida. Até a noite de ontem ele permanecia internado na cidade de Juína, também no interior do Mato Grosso. No carro usado para fuga pelos suspeitos, afirmou a Folha, foram encontrados R$ 60 mil em espécie, dinheiro que teria sido recebido para cometer o crime. Todos os três estão presos na Cadeia Pública de Colniza. Durante as investigações, foram achadas duas armas usadas no crime: um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada. Elas foram descobertas em uma bolsa deixada nos arredores de Colniza. Os policiais encontraram ainda a caminhonete usada na ação. O prefeito assassinado tinha uma empresa de ônibus. Esvandir Mendes, que era vice, assumiu o comando do município em abril de 2016, quando o então prefeito, Assis Raup (PMDB), foi cassado. Em outubro de 2016, foi reeleito. Segundo a polícia, Mendes dirigia uma Toyota SW4 preta que passou a ser perseguida por um veículo quando voltava de Cuiabá. Mas bateu o carro e foi executado. A primeira-dama e o genro do prefeito, que também estavam no veículo, não sofreram ferimentos.