Administrador é achado carbonizado em carro
“Ele já sabia que ia morrer. Há 15 dias, foi ameaçado de morte por um funcionário que demitiu”, disse a costureira Kátia Crispina Sá Barreto, 59 anos, mulher do administrador Alailson da Silva Santos, abordado por quatro homens encapuzados e armados na manhã de terça-feira (19) em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Na quarta (20), um corpo carbonizado foi encontrado dentro do porta-malas do Meriva de Alailson, com as pernas amputadas e uma perfuração no crânio.
A identificação do corpo será feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), por exame de DNA, já que as chamas consumiram as digitais, mas o filho de Alailson, o relações públicas Alan Sá Barreto, 34, não tem dúvidas: “O corpo está irreconhecível, mas temos certeza que é ele diante das circunstâncias”. O caso é investigado pela 22ª Delegacia (Simões Filho).
Na terça-feira, Alailson tinha deixado a família em casa (por uma questão de segurança, o bairro não será revelado) e seguido às pressas para a Unifrigo, um frigorífico em Simões Filho, onde trabalhava como encarregado de produção há mais de 20 anos.
“Ele deixou a gente às 5h45. Tínhamos acabado de chegar da casa de amigos. Como ele tinha que estar às 7h no trabalho, porque tinha que despachar os caminhões, pois era o segundo homem depois do dono, saiu daqui agoniado, nervoso”, conta Kátia.
Por volta das 7h15, Kátia recebeu uma ligação do dono da Unifrigo perguntando sobre o paradeiro de Alailson. “Seu Ademarinho disse que meu marido não tinha chegado. Aí comecei a ficar nervosa, pensava que ele tinha sofrido um acidente no caminho, já que saiu de casa nervoso por conta do horário”, lembra a costureira.
Porém, em seguida, a possibilidade de um acidente foi descartada. “Meu marido trabalha em Simões Filho há anos e, por isso, é muito conhecido. Um motorista de caminhão o viu sendo abordado por quatro homens encapuzados armados quando o carro dele subiu uma ladeira que dá acesso ao frigorífico, no bairro Convel. Eles entraram no carro dele”, relatou a costureira.
Segundo a testemunha, os suspeitos obrigaram a vítima a
Família diz que funcionário de frigorífico havia sido ameaçado