Acidente com ônibus deixa ao menos sete baianos feridos
MATO VERDE Ao menos sete baianos ficaram feridos no acidente envolvendo um ônibus, um caminhão-cegonha e uma caminhonete na rodovia MGC-122, na altura de Mato Verde, no Norte de Minas Gerais, no último sábado (23).
Até ontem, tinham sido confirmadas oito mortes: sete vítimas fatais no local e uma que faleceu anteontem, no hospital de Mato Verde. A identificação das vítimas, carbonizadas, só sairá após exame de DNA, a ser feito no Instituto Médico legal (IML) de Belo Horizonte, onde estão os corpos. O ônibus saiu de São Paulo com destino a Matina, cidade de 11,1 mil habitantes, nas proximidades de Guanambi, no Sudoeste baiano. A empresa responsável pelo serviço é a Alicinha Turismo, de Guanambi. Além de Mato Verde, os feridos também foram levados para hospitais de Janaúba (MG), na mesma região. A Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA) vai investigar se o ônibus transportava os passageiros de forma clandestina. Em Janaúba, foram recebidas sete pessoas feridas, todas baianas. Três delas já receberam alta, uma foi transferida para fazer uma cirurgia na bacia e outras três ainda estão na unidade: duas fizeram uma cirurgia e estão em observação e a outra é Aliel Rocha de Souza, 60 anos, que já recebeu alta, mas permanecia ontem na unidade, que aguarda um familiar. “Ele está nervoso aqui e ansioso para voltar para casa. Já nos passou o número de seu filho e até mesmo o endereço, mas não conseguimos contatá-lo ainda”, declarou uma recepcionista do hospital, por telefone. Ainda segundo informações da unidade, o paciente saiu de São Paulo para passar o Natal com seu filho, que mora em Carinhanha, no Oeste da Bahia. A cegonheira e o ônibus se chocaram e pegaram fogo. Testemunhas afirmaram que a caminhonete fez uma ultrapassagem em faixa contínua, acertando a lateral da cegonheira, que, por sua vez, saiu da pista e, ao voltar, acabou acertando o ônibus - a maioria dos passageiros era de sacoleiros. Parte das mercadorias era inflamável, o que contribuiu para o avanço das chamas. O CORREIO entrou em contato com a empresa, mas foi informado de que o setor jurídico está cuidando do caso e que não haveria nenhum posicionamento sobre o acidente.